PT domina 5 capitais há 20 anos e perde hegemonia em 4
Pesquisas feitas a partir da plataforma Geografia do Voto, parceria entre o Estadão e agência Geocracia, especializada em geoinformação, mostra ainda que, em 2018, a população de Aracaju também não elegeu o atual presidente, Jair Bolsonaro, mas havia optado pelo tucano José Serra em 2010, quebrando, portanto, o ciclo de apoio a candidatos do PT. Já Maceió e Natal, também na região Nordeste, oscilaram entre petistas e tucanos desde 2002. Por fim, João Pessoa mudou de posição só na eleição passada.
Para o geógrafo e cientista político Luiz Ugeda, criador da ferramenta, as capitais mais fiéis ao petismo são dos Estados com as maiores geografias interioranas do Nordeste. "No semiárido, o PT sempre foi imbatível, o que é uma questão geográfica também. Tem muito a ver com a transposição do Rio São Francisco e as bandeiras regionais", afirmou.
PELO PAÍS
Quando a análise se dá em todo o País, é possível observar outras capitais que deixaram o petismo só em 2018: Manaus e Macapá, no Norte; e Rio, no Sudeste. Na capital fluminense, no entanto, os mapas ilustram que o apoio diminui gradativamente. Quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se elegeu presidente pela primeira vez, em 2002, a população do Rio deu a ele 80,96% dos votos válidos. Quatro anos depois, essa taxa caiu a 65,91% e, com Dilma Rousseff, foi de 60,98% (2010) e 50,76% (2014). Em 2018, a cidade virou reduto de Bolsonaro, ajudando em sua eleição com 66,35% dos votos.
Em Manaus, essa mudança é percebida de forma mais radical. Em 2006, quando Lula foi reeleito, a capital do Amazonas foi a que lhe deu mais votos proporcionais: 721 mil votos ou 87,34% do total. Na época, o adversário, Geraldo Alckmin (então no PSDB), que hoje é vice na chapa de Lula pelo PSB, somou 12,65%. O apoio se manteve em 2010 e 2014, mas em 2018 o cenário mudou e os manauaras ajudaram deram 65,71% dos votos válidos a Bolsonaro contra 34,28% a Fernando Haddad (PT).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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