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'Desafio do desodorante': saiba o que é a competição que matou menino de 10 anos em MG

Menino foi encontrado morto pela mãe dentro de guarda-roupa na própria casa, em Belo Horizonte - Google Street View/Reprodução
Menino foi encontrado morto pela mãe dentro de guarda-roupa na própria casa, em Belo Horizonte Imagem: Google Street View/Reprodução

26/08/2022 17h01Atualizada em 27/08/2022 06h43

Um menino de 10 anos morreu na última quinta-feira, 25, em Belo Horizonte, após participar do "desafio do desodorante". João Victor Santos foi encontrado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da capital mineira já sem vida e com parada cardiorrespiratória após ter inalado o aerossol contido do produto.

Nas redes sociais, a mãe do garoto informou que ele será sepultado ainda nesta sexta-feira, 26, no Cemitério Parque Terra Santa, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte. Em entrevista ao jornal O Tempo, o pai de João, Fabiano Teixeira Santos, disse que o filho "gostava de internet e assistir aos vídeos na televisão". Ele também deu um alerta para outros pais.

"Eu peço para que todos olhem e tomem cuidados com seus filhos. A internet oferece muitas coisas boas, mas também tem coisas ruins. Se a gente não tomar cuidado, vai acontecer cada vez mais", disse. "A gente pede para que as autoridades façam algo para que novos casos não aconteçam."

O "desafio do desodorante" consiste em uma competição para ver quem consegue inalar a maior quantidade e por mais tempo o aerossol presente nos produtos. A corrente tem viralizado nas redes sociais, especialmente entre crianças e adolescentes.

Essa não é a primeira vez que brincadeiras perigosas desse tipo viralizam na internet e colocam a saúde e segurança de crianças e adolescentes em risco. Em 2019, o "Desafio Momo" se alastrou pelo WhatsApp e incentivava os participantes a cometerem o suicídio através da imagem de uma mulher macabra.

Naquele mesmo ano, o "desafio" ou "Jogo da Baleia Azul" também propunha uma série de 50 etapas a serem seguidas e que culminavam no suicídio da criança ou adolescente. A origem da "brincadeira" nunca foi conhecida, mas os primeiros relatos de pais preocupados vieram da Rússia.