Eleições 2022: veja quem declarou apoio a Lula e a Bolsonaro no segundo turno
Os economistas Pedro Malan, Persio Arida, Edmar Bacha e Arminio Fraga, ligados ao Plano Real, deflagraram apoio à chapa Lula-Alckmin. Os quatro sempre foram alvo das críticas do PT. Entre as motivações para votar em Lula, citaram a defesa da democracia e do meio ambiente, mas também uma oportunidade de aberturas de diálogo precoce sobre política fiscal.
Terceira colocada na disputa pelo Planalto, a senadora Simone Tebet (MDB), anunciou na quarta-feira, 5, voto no petista, que ganhou também o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A tônica da defesa da democracia também esteve presente no aceno dos dois.
Outro derrotado na disputa pela presidência, Ciro Gomes, acompanhou o aceno do PDT a Lula. Rival histórico do PT, o senador José Serra (PSDB) também dirigiu apoio ao petista.
O Cidadania se colocou ao lado de Lula na segunda fase do pleito. A chapa Lula-Alckmin é parte de coligação, que além de PT e PSB, reúne PCdoB, PV, Solidariedade, PSOL, Rede, Agir, Avante e Pros.
O MDB, de Tebet, o União Brasil, o Podemos e o PSDB deixaram que filiados tomem decisão individual, sem decisão coletiva. Com isso, políticos que apoiaram a senadora migraram para o lado de Bolsonaro, a exemplo do governador de São Paulo, derrotado na tentativa de reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB).
Ambos do Paraná, os recém eleitos Sérgio Moro (União Brasil), senador, e Deltan Dallagnol (Podemos), deputado federal, declararam voto no presidente. A candidatura de Bolsonaro é fruto de coligação formada por PL, PP e Republicanos.
Estados
Nesta sexta-feira, 7, o governador de Paraíba e candidato à reeleição João Azevedo (PSB) oficializou apoio a Lula. Outros governadores e postulantes ao cargo que acenaram positivamente ao petista foram Fernando Haddad (PT-SP), Renato Casagrande (PSB-ES), Paulo Dantas (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM), Jerônimo (PT-BA), Marília Arraes (Solidariedade-PE), Rogério Carvalho (PT-SE), Décio Lima (PT-SC), Fátima Bezerra (PT-RN), Elmano de Freitas (PT-CE), Carlos Brandão (PSB-MA), Rafael Fonteles (PT-PI) e Helder Barbalho (MDB-PA).
Conforme mostrou a Coluna do Estadão, o comando de campanha de Lula cogitou colocar na mesa de negociação a oferta de apoio a Eduardo Leite (PSDB), na disputa pelo governo gaúcho. Independente da tentativa de aproximação, o candidato tucano anunciou que não abrirá o voto à presidência. Leite disse que seu lado "é o Rio Grande" e que "não se trata de ficar em cima do muro".
No Rio Grande do Sul, Bolsonaro tem Onyx Lorenzoni (PL). Outros governadores e postulantes ao cargo que apoiam o presidente são Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Júnior (PSD-PR), Carlos Manato (PL-ES), Rodrigo Cunha (União Brasil-AL), Wilson Lima (PL-AM), Capitão Contar (PRTB-MS), Eduardo Riedel (PSDB-MS), Marcos Rogério (PL-RO), Marcos Rocha (União Brasil-RO), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Zema (Novo-MG), Capitão Wagner (União Brasil-CE), Cláudio Castro (PL-RJ), Gladson Cameli (PP-AC), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Mauro Mendes (União Brasil-MT) e Antonio Denarium (PP-RR).
ACM Neto (União Brasil), que está na disputa pelo governo baiano, não deve declarar apoio para a disputa ao Palácio do Planalto.
No Tocantins, o governador reeleito Wanderlei Barbosa (Republicanos) ainda não se manifestou oficialmente.
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