Topo

'Vi o navio e decidi entrar': nigeriano resgatado narra saga de 14 dias no leme

Resgate de quatro nigerianos em leme de barco Imagem: Reprodução/TV Globo

17/07/2023 07h23Atualizada em 17/07/2023 16h31

Quatro nigerianos foram encontrados e resgatados no começo da última semana por agentes da Polícia Federal em um navio petroleiro na costa do Espírito Santo.

O grupo viajou de Lagos, maior cidade da Nigéria, até o Brasil na área da casa do leme, que direciona a embarcação. A viagem durou 14 dias. As imagens do momento em que foram encontrados impressionam.

"Onde nós estávamos era muito perigoso e arriscado. Todo mundo estava com muito medo. Nós temos sorte de estar bem", disse ao Fantástico, da TV Globo, um dos imigrantes resgatados pela PF, o soldador Roman Ebimene, de 35 anos.

O programa exibiu uma entrevista com ele neste domingo, 16.

Roman disse ao Fantástico que não tem mais pai — a mãe é viúva — e que possui três irmãos. "Eles dependem de mim. Sou o filho mais velho e não tenho emprego no país", disse.

Orava a Deus e pedia uma oportunidade de viajar. Vi o navio e decidi entrar, tudo para dar um futuro melhor para a minha família e para mim.

A Polícia Federal informou que o resgate ocorreu na manhã da última segunda-feira, 10, após a corporação ser acionada para ir a bordo de um navio "onde clandestinos teriam sido localizados pelos tripulantes da embarcação". O navio partiu de Lagos, na Nigéria, no dia 27 de junho.

Ainda segundo o Fantástico, os quatro imigrantes subiram na embarcação achando que iam para a Europa — eles se surpreenderam ao saber que haviam chegado no Brasil. Dois deles vão voltar para a Nigéria, em viagem paga pela seguradora do navio. Roman e outro imigrante, que pediu refúgio, devem ser acolhidos em um abrigo em São Paulo.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

'Vi o navio e decidi entrar': nigeriano resgatado narra saga de 14 dias no leme - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


Cotidiano