'Senti tudo', diz mulher atingida por paralelepípedo enquanto ia a velório

A advogada Michaella Zukowski Reis, de 25 anos, relatou que "perdeu todos os sinais" ao ser atingida por um paralelepípedo enquanto estava no banco do passageiro de um carro em Vila Velha, na madrugada do último sábado (8).

Michaella teve uma fratura de crânio exposta, mas sem lesões no cérebro.

"Foi 'só' osso quebrado. O osso da testa, do nariz e da órbita ocular", afirmou ela, ao UOL.

Ela ia de carro de Guarapari (ES), onde mora, para a capital capixaba pela Rodosol, acompanhada do pai e do irmão.

O objetivo era chegar ao aeroporto de Vitória, onde a família embarcaria para o velório do avô de Michaella em Minas Gerais. O acidente aconteceu na altura da Ponta da Fruta, em Vila Velha.

"Meu pai estava dirigindo, meu irmão no banco de trás e eu no passageiro. Estava mexendo no celular e meu pai disse que viu um homem saindo do meio do mato. Eu não o vi", contou a advogada.

O homem tentou acertar o pai de Michaella, que desviou a direção. "Nisso, a pedra veio para cima de mim e me atingiu", completa ela.

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Eu não desmaiei, eu senti tudo. Lembro que perdi todos os sinais: visão, audição, respiração. A sensação era como se eu estivesse me afogando. Foi muito estranho.

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Michaella conta que, a princípio, achou que se tratava apenas de um acidente de carro.

Vidro do carro em que jovem estava com a família ficou destruído
Vidro do carro em que jovem estava com a família ficou destruído Imagem: Arquivo Pessoal

"Minha audição começou a volta e meu pai disse: 'o cara jogou a pedra'. Eu respondi: 'não estou conseguindo abrir o olho, mas estou bem'", lembra.

Ela ainda não tem previsão de alta e deve passar por uma nova cirurgia para reconstrução da face nos próximos dias.

O UOL entrou em contato com a Rodosol, que informou que questões de segurança pública devem ser abordadas com os órgãos competentes.

"A concessionária reforça que faz a inspeção da via diariamente, a cada 90 minutos, e ao identificar qualquer situação que represente risco aos usuários, aciona as entidades responsáveis", afirmou.

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Já a Polícia Civil do Espírito Santos disse, em nota, que o caso segue sob investigação do 8º Distrito Policial de Vila Velha e que trabalha para que o suspeito seja identificado e responsabilizado.

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