Cingapura aprova pré-listagem para importação de proteína animal do Brasil

São Paulo, 11 - O Ministério da Agricultura anunciou que a agência de controle sanitário de Cingapura elevou o Brasil à categoria de pré-listagem para exportação de carne bovina, suína, ovina e de frango e de seus produtos processados. Com a aprovação do processo de pré-listagem, o Ministério passa a ser o responsável por habilitar os frigoríficos aptos a exportar a Cingapura. "Demonstra a confiança do governo daquele país na qualidade do sistema sanitário brasileiro", disse a pasta em nota. Em 2022, o Brasil exportou ao país asiático aproximadamente US$ 600 milhões em carnes e seus produtos, e acordo com o ministério.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou: "O pré-listing autoriza todas as empresas habilitadas pelo Sistema de Inspeção Federal (ou seja, autorizadas pelo ministério brasileiro) a requererem a habilitação para exportar seus produtos para este destino. Antes, a habilitação era realizada individualmente, com análise documental das autoridades do país asiático", disse em nota.

A entidade destaca que, na prática, mais empresas poderão acessar o mercado de Cingapura, "um dos mais importantes destinos das exportações" brasileiras. No caso da carne suína, é o quinto principal destino em 2023, com importações totais de 57,9 mil toneladas entre janeiro e novembro, gerando receita de US$ 148 milhões. O país também é o décimo primeiro maior importador da carne de frango do Brasil, com 121 mil toneladas nos onze primeiros meses deste ano, com receita de US$ 264,8 milhões.

"Cingapura é um mercado estratégico e de alto valor agregado para a proteína animal do Brasil. Esperamos ganhar ainda mais competitividade por lá, ampliando o número de players que atuarão nas exportações", disse o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

Esse novo anúncio soma-se à recente abertura do mercado de Cingapura para gelatina e colágeno bovinos, para crustáceos e moluscos bivalves congelados do Brasil.

A ABPA acrescenta que neste ano, antes de Cingapura, Reino Unido, Chile e Cuba estabeleceram o mesmo sistema de equivalência. "Há um sólido aumento na adoção de pré-listing para as exportações brasileiras. Este é um reconhecimento importante à credibilidade de nosso sistema e do nosso país quanto à preservação de processos, o atendimento aos critérios e a elevada qualidade da produção e da inspeção, permitindo avanços sem precedentes nas exportações do País", disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

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