Acsurs estima perda de R$ 40 mi no RS com morte de suínos e danos a propriedades

São Paulo, 22 - A Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) estima que o prejuízo direto à atividade provocado pelas chuvas no Estado alcançou R$ 40 milhões. O valor é parte de estudo preliminar realizado pela associação e engloba tanto os danos materiais em até 40 propriedades quanto as perdas de animais, com a morte de 12,6 mil suínos seja por afogamento, levados pelas águas ou por deslizamentos, informou o presidente da Acsurs, Valdecir Folador.Segundo ele, os danos totais ou parciais atingiram entre 25 mil m² e 26 mil m² de área construída. "Estimamos um custo de R$ 30 milhões para reconstrução das propriedades e suas estruturas, mas não sabemos se o valor será esse, pois alguns produtores podem desistir da suinocultura", explicou Folador.O presidente da associação também ponderou que há prejuízos difíceis de serem calculados, pois envolvem desafios de alimentação aos plantéis, provocados por problemas de logística, como a destruição de estradas. "Em alguns casos, o acesso às granjas só foi restabelecido uma semana depois. Muitos animais tiveram restrição alimentar, o que trará prejuízos posteriores", disse. Isso pode trazer prejuízos adicionais de R$ 5 milhões a R$ 6 milhões, segundo estimativa do representante da Acsurs.As regiões do Vale do Taquari, da Serra Gaúcha e do Vale do Caí concentraram os impactos das chuvas sobre a suinocultura do Rio Grande do Sul. Segundo Folador, essas regiões abrigam 28% da produção de suínos do Estado, que abate 11,2 milhões de animais anualmente. O plantel gaúcho fixo de suínos é de 5 milhões, de acordo com o presidente da Acsurs, com 1,4 milhão sendo dessas áreas.Com os números dos prejuízos em mãos, a Acsurs espera contar com o apoio governamental para a reestruturação financeira dos suinocultores e da atividade nas propriedades atingidas, com a principal demanda sendo o abatimento das dívidas de produtores que tiveram suas propriedades destruídas.Folador também avaliou que a suinocultura gaúcha não deve sofrer impactos expressivos em volumes ou preços pela tragédia. "Isso se dilui na suinocultura do Estado. Não vai mexer com o mercado, pela grandiosidade da atividade, mas para quem perdeu é tudo", comentou.

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