Condenado por matar brasileira na Itália quer perícia psiquiátrica
A defesa do italiano Claudio Grigoletto, condenado à prisão perpétua pelo assassinato da brasileira Marilia Rodrigues, pediu à Justiça uma perícia psiquiátrica do piloto e empresário. Segundo o seu novo advogado, Luca Ricci, ele sofria de uma "completa alteração mental" quando cometeu o crime.
Réu confesso, Grigoletto foi sentenciado em primeira instância em abril deste ano. "A perícia deve analisar se no momento do homicídio ele era capaz de entender e querer", diz o recurso apresentado pela defesa. O italiano, que na cadeia chegou até a tentar suicídio, teria graves distúrbios de personalidade.
O homicídio ocorreu no dia 29 de agosto de 2013 na cidade de Gambara, norte da Itália. Marilia era funcionária e amante de Grigoletto na sua empresa de aviação, a Alpi Aviation do Brasil.
De acordo com o piloto, o assassinato ocorreu depois de uma discussão sobre o apartamento que os dois procuravam para viverem juntos.
"Marília tinha uma tesoura nas mãos e tentou me atingir na garganta, então eu a peguei por um braço e a derrubei. Ela se chocou contra o batente da porta e começou a perder sangue da cabeça. Suas pernas tremiam, então eu coloquei as mãos no seu pescoço e o apertei", contou Grigoletto em uma das sessões do seu julgamento.
"Eu não queria acreditar naquilo que tinha feito, mas eu tinha consciência de tê-la matado. Quando percebi que estava morta, abri o gás da caldeira do escritório. Espalhei amônia e ácido clorídrico pelo corpo, depois peguei alguns jornais e tentei colocar fogo sobre ele", acrescentou.
Atualmente, o condenado está preso em uma penitenciária de Bollate, também no norte da Itália. Na época em que foi morta, Marilia esperava um filho dele.
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