Raúl Castro condecora 'heróis cubanos' presos nos EUA
O presidente de Cuba, Raúl Castro, condecorou o grupo conhecido como "cinco heróis cubanos", de homens que passaram anos detidos nos Estados Unidos sob acusação de espionagem.
O líder do grupo, Gerardo Hernandez, disse que "a honraria que recebemos hoje exige que nos levantemos contra os desafios diante da revolução".
"O nosso primeiro pensamento é de gratitude e lealdade com todos aqueles que, no curso da história, com os seus sacrifícios tornaram possível para nós vivermos em uma Cuba socialista, revolucionária e vitoriosa", concluiu.
Eles foram recebidos por oficiais do governo cubano, militares e membros do Parlamento em cerimônia liderada por Raúl.
Fidel Castro, que não é visto em público há mais de um ano, não compareceu ao ato.
Acordo - A libertação dos últimos três heróis impulsionou o histórico acordo anunciado no final de dezembro de retomada das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos.
Gerardo Hernandez, Ramón Labaniño e Antonio Guerrero foram libertados com parte de um acordo que incluiu a soltura do norte-americano Alan Gross, acusado de trabalhar como espião para os Estados Unidos na ilha. Os demais heróis, Fernando González e René González, já haviam sido soltos.
Os cinco cubanos foram presos nos Estados Unidos em 1998 sob a acusação de espionagem. Eles foram condenados em 2001 por espionagem e envolvimento no abatimento de dois aviões de um grupo opositor radicado em Miami.
As autoridades cubanas admitiram que os "cinco heróis" trabalhavam como agentes, mas afirmaram que sua missão era impedir atos terroristas contra o então presidente Fidel Castro e que não ameaçavam a segurança dos Estados Unidos.
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