Tanques israelenses invadem bairros em Gaza e moradores relatam fogo pesado
As forças israelenses bombardearam a Cidade de Gaza na madrugada de segunda-feira e colunas de tanques avançaram para o centro da cidade a partir de diferentes direções, no que os residentes disseram ser um dos ataques mais pesados no território palestino desde o início da guerra.
O Serviço de Emergência Civil de Gaza afirmou acreditar que dezenas de pessoas foram mortas, mas as equipes de emergência não conseguiram chegar até elas devido às ofensivas em andamento em Daraj e Tuffah, no leste, e em Tel Al-Hawa, Sabra e Rimal, mais a oeste.
Os moradores disseram que bairros da Cidade de Gaza, que fica ao norte da Faixa de Gaza, foram bombardeados durante toda a noite e nas primeiras horas da manhã. Vários edifícios foram destruídos, acrescentaram.
Um tanque israelense empurrou as pessoas para a estrada ocidental perto do Mediterrâneo, segundo os moradores.
"O inimigo está atrás de nós e o mar está à nossa frente, para onde iremos?", disse Abdel-Ghani, um morador da Cidade de Gaza, que não informou seu nome completo.
"Os projéteis dos tanques e os mísseis dos aviões estão caindo nas estradas e nas casas como o inferno de um vulcão. As pessoas estão correndo em todas as direções e ninguém sabe para onde ir", afirmou Abdel-Ghani à Reuters por meio de um aplicativo de mensagem.
As Forças Armadas israelenses disseram em um comunicado que estavam montando uma operação contra a infraestrutura militante na Faixa de Gaza e que haviam tirado de ação mais de 30 combatentes.
A nova ofensiva israelense ocorre no momento em que Egito, Catar e Estados Unidos intensificaram os esforços para mediar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, conforme a guerra de Gaza entra em seu décimo mês.
A guerra foi desencadeada em 7 de outubro, quando combatentes liderados pelo Hamas atacaram o sul de Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns, de acordo com dados israelenses.
Mais de 38.000 palestinos foram mortos na ofensiva militar israelense desde então, segundo autoridades de saúde de Gaza.
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