Atletas norte-americanos protestam por mortes de negros
SÃO PAULO, 23 SET (ANSA) - A constante tensão racial que atinge diversas cidades norte-americanas chegou ao esporte do país e tem provocado intensos debates na sociedade dos Estados Unidos.
Além dos protestos nas ruas, como os que ocorrem em Charlotte e Tulsa, os atletas escolheram estádios e ginásios para mostrar seu repúdio às dezenas de mortes de pessoas negras por policiais brancos. O primeiro a se manifestar foi o quarterback do San Francisco 49ers, Colin Kaepernick. Antes de uma partida pela NFL, a liga de futebol americano, o jogador se ajoelhou durante a execução do hino nacional.
"Uma das coisas que notei é que neste país há muito racismo disfarçado de patriotismo. Muita gente quer tomar tudo desde que eu falei sobre a bandeira, mas esse não é o tema, porque estamos falando é na verdade da discriminação racial, das desigualdades e injustiças que estão ocorrendo em todo o país", disse em entrevista Kaepernick ao revelar que foi ameaçado de morte por diversas vezes desde fez o ato.
Desde então, o gesto do QB tem sido repetido por muitos atletas antes das partidas da NFL e em diferentes categorias.
Na liga de basquete dos EUA, a NBA, a repercussão do gesto de Kaepernick já chegou a grandes estrelas, como Stephen Curry e Dwyane Wade. Ambos usaram as redes sociais para protestar contra a morte dos negros e contra o racismo existente na sociedade norte-americana.
Como ainda não iniciaram as disputas do basquete masculino, há um intenso debate entre os dirigentes sobre o que será feito em caso de protestos similares aos da NFL. Isso porque, em seu regulamento, a NBA prevê multa aos jogadores que desrespeitarem o protocolo do hino nacional.
Já na WNBA, a liga de basquete feminino, os protestos já começaram. Na noite desta quinta-feira (22), todas as jogadoras do Indiana Fever se ajoelharam e deram as mãos, no meio da quadra, na hora do hino. Duas jogadoras do time adversário, o Phoenix Mercury, também repetiram o gesto.
Quem aprovou o gesto de Kaepernick foi o presidente dos EUA, Barack Obama, que afirmou ver no gesto do atleta algo "sincero".
"Ele está provocando mais conversas sobre os problemas. Pode ser confuso algumas vezes, mas é como funciona a democracia", disse Obama ao rebater as críticas de desrespeito ao hino.
Patriotas ao extremo, muitos norte-americanos criticam a postura dos atletas por afirmarem que ela seria uma "ofensa" a um dos símbolos mais importantes dos EUA, o hino nacional. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Além dos protestos nas ruas, como os que ocorrem em Charlotte e Tulsa, os atletas escolheram estádios e ginásios para mostrar seu repúdio às dezenas de mortes de pessoas negras por policiais brancos. O primeiro a se manifestar foi o quarterback do San Francisco 49ers, Colin Kaepernick. Antes de uma partida pela NFL, a liga de futebol americano, o jogador se ajoelhou durante a execução do hino nacional.
"Uma das coisas que notei é que neste país há muito racismo disfarçado de patriotismo. Muita gente quer tomar tudo desde que eu falei sobre a bandeira, mas esse não é o tema, porque estamos falando é na verdade da discriminação racial, das desigualdades e injustiças que estão ocorrendo em todo o país", disse em entrevista Kaepernick ao revelar que foi ameaçado de morte por diversas vezes desde fez o ato.
Desde então, o gesto do QB tem sido repetido por muitos atletas antes das partidas da NFL e em diferentes categorias.
Na liga de basquete dos EUA, a NBA, a repercussão do gesto de Kaepernick já chegou a grandes estrelas, como Stephen Curry e Dwyane Wade. Ambos usaram as redes sociais para protestar contra a morte dos negros e contra o racismo existente na sociedade norte-americana.
Como ainda não iniciaram as disputas do basquete masculino, há um intenso debate entre os dirigentes sobre o que será feito em caso de protestos similares aos da NFL. Isso porque, em seu regulamento, a NBA prevê multa aos jogadores que desrespeitarem o protocolo do hino nacional.
Já na WNBA, a liga de basquete feminino, os protestos já começaram. Na noite desta quinta-feira (22), todas as jogadoras do Indiana Fever se ajoelharam e deram as mãos, no meio da quadra, na hora do hino. Duas jogadoras do time adversário, o Phoenix Mercury, também repetiram o gesto.
Quem aprovou o gesto de Kaepernick foi o presidente dos EUA, Barack Obama, que afirmou ver no gesto do atleta algo "sincero".
"Ele está provocando mais conversas sobre os problemas. Pode ser confuso algumas vezes, mas é como funciona a democracia", disse Obama ao rebater as críticas de desrespeito ao hino.
Patriotas ao extremo, muitos norte-americanos criticam a postura dos atletas por afirmarem que ela seria uma "ofensa" a um dos símbolos mais importantes dos EUA, o hino nacional. (ANSA)
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