Berlusconi será julgado por pagar 'mesada' a mulheres (2)
MILÃO, 28 JAN (ANSA) - O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, 80 anos, será julgado por corrupção contra atos judiciários pelo caso do pagamento de "mesada" às mulheres envolvidas no processo conhecido como "Ruby ter", decidiu o juiz de Milão, Carlo Ottone De Marchi, neste sábado (28).
Assim, o magistrado acolheu o pedido da Procuradoria de Milão e definiu que Berlusconi deve comparecer à Quarta Seção Penal no dia 5 de abril.
O caso ainda refere-se às famosas festas dadas na mansão Arcore, onde o ex-premier vive em Milão, que ficaram conhecidas como "bunga bunga". Esse será o terceiro julgamento sobre o caso.
Dessa vez, assim como na segunda etapa onde o político é acusado de corrupção contra o sistema judiciário e falso testemunho, o ex-premier é acusado de pagar aos envolvidos na festa para mentir à Justiça ou contar parte do que acontecia nos "eventos".
Segundo denúncia dos procuradores Tiziana Siciliano e Luca Gaglio, Berlusconi teria continuado a enviar dinheiro para 13 mulheres, incluindo a brasileira Iris Berardi, entre abril e junho de 2015 e em novembro do ano passado, em somas que podiam chegar a até 15 mil euros por mês. Essa nova "fase" do "Ruby ter" foi baseada em depoimentos, especialmente, do testemunho feito em dezembro do ano passado por Giuseppe Spinelli. O contador italiano é acusado de ser o responsável por esses pagamentos. De acordo com as informações dos procuradores, as 13 mulheres teriam se dirigido a Arcore para pedir mais dinheiro durante os dois períodos de tempo investigado - a pausa nos pagamentos teria sido um pedido do contador. Após ordem de Berlusconi, o dinheiro teria sido dado a elas por Spinelli. O contador deu o nome das 13 mulheres que teriam pedido o dinheiro. Além da brasileira Berardi, foram pedir a "mesada" Ioana Amarghioale, Manuela Ferrara, uma das gêmeas De Vivo, Aris Espinosa, Barbara Guerra, Giovanna Rigato, Miriam Loddo, Raissa Skorkina, Alessandra Sorcinelli, Silvia Trevaini, Elisa Toti e Ioana Visan. Após o anúncio do processo, o advogador Federico Cecconi, que ao lado de Franco Coppi, defende o líder do partido Força Itália, Berlusconi será processado por "crime de generosidade".
"Tomamos conhecimento da abertura do processo e confiamos na possibilidade de demonstrar a estranheza de Silvio Berlusconi aos fatos contestados", disse Cecconi.
Berlusconi já tem uma condenação em última instância por fraude fiscal, que levou à cassação do seu mandato de senador, em 2013, e a sua inelegibilidade até 2019. Ele ainda foi sentenciado a um ano de realização de serviços sociais, Berlusconi já cumpriu a pena. Além disso, foi condenado em primeiro grau a três anos de reclusão por compra e venda de apoio no Parlamento, mas ainda cabe recurso. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Assim, o magistrado acolheu o pedido da Procuradoria de Milão e definiu que Berlusconi deve comparecer à Quarta Seção Penal no dia 5 de abril.
O caso ainda refere-se às famosas festas dadas na mansão Arcore, onde o ex-premier vive em Milão, que ficaram conhecidas como "bunga bunga". Esse será o terceiro julgamento sobre o caso.
Dessa vez, assim como na segunda etapa onde o político é acusado de corrupção contra o sistema judiciário e falso testemunho, o ex-premier é acusado de pagar aos envolvidos na festa para mentir à Justiça ou contar parte do que acontecia nos "eventos".
Segundo denúncia dos procuradores Tiziana Siciliano e Luca Gaglio, Berlusconi teria continuado a enviar dinheiro para 13 mulheres, incluindo a brasileira Iris Berardi, entre abril e junho de 2015 e em novembro do ano passado, em somas que podiam chegar a até 15 mil euros por mês. Essa nova "fase" do "Ruby ter" foi baseada em depoimentos, especialmente, do testemunho feito em dezembro do ano passado por Giuseppe Spinelli. O contador italiano é acusado de ser o responsável por esses pagamentos. De acordo com as informações dos procuradores, as 13 mulheres teriam se dirigido a Arcore para pedir mais dinheiro durante os dois períodos de tempo investigado - a pausa nos pagamentos teria sido um pedido do contador. Após ordem de Berlusconi, o dinheiro teria sido dado a elas por Spinelli. O contador deu o nome das 13 mulheres que teriam pedido o dinheiro. Além da brasileira Berardi, foram pedir a "mesada" Ioana Amarghioale, Manuela Ferrara, uma das gêmeas De Vivo, Aris Espinosa, Barbara Guerra, Giovanna Rigato, Miriam Loddo, Raissa Skorkina, Alessandra Sorcinelli, Silvia Trevaini, Elisa Toti e Ioana Visan. Após o anúncio do processo, o advogador Federico Cecconi, que ao lado de Franco Coppi, defende o líder do partido Força Itália, Berlusconi será processado por "crime de generosidade".
"Tomamos conhecimento da abertura do processo e confiamos na possibilidade de demonstrar a estranheza de Silvio Berlusconi aos fatos contestados", disse Cecconi.
Berlusconi já tem uma condenação em última instância por fraude fiscal, que levou à cassação do seu mandato de senador, em 2013, e a sua inelegibilidade até 2019. Ele ainda foi sentenciado a um ano de realização de serviços sociais, Berlusconi já cumpriu a pena. Além disso, foi condenado em primeiro grau a três anos de reclusão por compra e venda de apoio no Parlamento, mas ainda cabe recurso. (ANSA)
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