Com dinheiro em caixa,grifes italianas 'seduzem' compradores
MILÃO, 22 FEV (ANSA) - Um estudo realizado pelo banco italiano Mediobanca mostrou que as casas de moda do país podem entrar no radar de empresas estrangeiras devido a sua particular situação financeira.
Divulgado nesta quarta-feira (22), data do início da Semana de Moda de Milão, o relatório diz que algumas das principais grifes do país são menores que suas concorrentes francesas e menos lucrativas, mas apresentam liquidez elevada e baixo endividamento, o que as torna "apetitosas" para eventuais compradores.
Uma delas é a Giorgio Armani, que no fim de 2015 tinha 600 milhões de euros em caixa, o que equivale a impressionantes 509.000% de sua dívida. Outros grupos nessa situação são Max Mara (785%), Geox (452%), Tod's (260%), OTB, controladora da Diesel (205%), e Dolce e Gabbana (180%).
Na comparação entre dívida e patrimônio, os 15 maiores grupos de moda italianos estão em melhor situação que a média das empresas do setor. Entre elas, se destacam mais uma vez a Giorgio Armani, com um endividamento equivalente a 6,5% de seus ativos, e a Max Mara, com 8,1% - a média do segmento é de 38,3%.
"Em situação mais frágil estão Moncler e Luxottica, as únicas com dívidas superiores ao patrimônio, em cerca de cinco e duas vezes, respectivamente", diz o estudo. A fabricante de óculos Luxottica anunciou recentemente a compra da rede brasileira Óticas Carol e a fusão com o grupo francês Essilor.
Segundo a pesquisa do Mediobanca, esse movimento de consolidação entre Itália e França pode continuar, já que existe uma grande diferença de escala entre as empresas dos dois países. Apenas o grupo LVMH, dono de marcas como Louis Vuitton, Fendi, Givenchy, Kenzo, Sephora e Marc Jacobs, fatura 35 bilhões de euros por ano, seguido pela Kering, controladora de casas de moda como Alexander McQueen, Gucci e Puma, com 11,5 bilhões.
A líder desse setor na Itália é a própria Luxottica, com faturamento anual de 8,8 bilhões de euros, enquanto a Prada aparece em uma distante segunda posição, com 3,5 bilhões, à frente de Giorgio Armani (2,6 bilhões), Calzedonia (2 bilhões) e OTB (1,5 bilhão) - todos os números se referem a 2015. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Divulgado nesta quarta-feira (22), data do início da Semana de Moda de Milão, o relatório diz que algumas das principais grifes do país são menores que suas concorrentes francesas e menos lucrativas, mas apresentam liquidez elevada e baixo endividamento, o que as torna "apetitosas" para eventuais compradores.
Uma delas é a Giorgio Armani, que no fim de 2015 tinha 600 milhões de euros em caixa, o que equivale a impressionantes 509.000% de sua dívida. Outros grupos nessa situação são Max Mara (785%), Geox (452%), Tod's (260%), OTB, controladora da Diesel (205%), e Dolce e Gabbana (180%).
Na comparação entre dívida e patrimônio, os 15 maiores grupos de moda italianos estão em melhor situação que a média das empresas do setor. Entre elas, se destacam mais uma vez a Giorgio Armani, com um endividamento equivalente a 6,5% de seus ativos, e a Max Mara, com 8,1% - a média do segmento é de 38,3%.
"Em situação mais frágil estão Moncler e Luxottica, as únicas com dívidas superiores ao patrimônio, em cerca de cinco e duas vezes, respectivamente", diz o estudo. A fabricante de óculos Luxottica anunciou recentemente a compra da rede brasileira Óticas Carol e a fusão com o grupo francês Essilor.
Segundo a pesquisa do Mediobanca, esse movimento de consolidação entre Itália e França pode continuar, já que existe uma grande diferença de escala entre as empresas dos dois países. Apenas o grupo LVMH, dono de marcas como Louis Vuitton, Fendi, Givenchy, Kenzo, Sephora e Marc Jacobs, fatura 35 bilhões de euros por ano, seguido pela Kering, controladora de casas de moda como Alexander McQueen, Gucci e Puma, com 11,5 bilhões.
A líder desse setor na Itália é a própria Luxottica, com faturamento anual de 8,8 bilhões de euros, enquanto a Prada aparece em uma distante segunda posição, com 3,5 bilhões, à frente de Giorgio Armani (2,6 bilhões), Calzedonia (2 bilhões) e OTB (1,5 bilhão) - todos os números se referem a 2015. (ANSA)
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