Após boatos de proibição,festival do cachorro começa na China
SÃO PAULO, 22 JUN (ANSA) - Todos os anos, o solstício de verão no hemisfério norte dá início a uma das atrações mais controversas, e para muitos uma das mais cruéis, da China: o festival de carne de cachorro de Yulin. E neste ano, mesmo com boatos de que seria proibido pelas autoridades, o evento começou com muitas filas. O festival, que termina apenas no final deste mês, provavelmente no dia 30, conta com várias barracas e restaurantes onde seus proprietários, matam milhares de cães para o consumo da sua carne. Desde seu início, e cada vez mais nos últimos anos, a manifestação "cultural e gastronômica" recebe inúmeras críticas de ativistas dos direitos dos animais pelo modo como os bichos são tratados. Em jaulas apertadas e sem nenhum tipo de comida, os cachorros esperam por horas até serem mortos pelos açougueiros. Grande parte das vezes, os animais são fervidos em grandes panelas, esfolados ou cortados ao meio enquanto ainda estão vivos.
Por isso, milhares de ativistas tentam lutar contra o festival, exigindo o seu fim. E segundo muitos deles, a edição deste ano nem aconteceria, já que supostamente teria sido proibida pelas autoridades chinesas. No entanto, o Departamento de Propaganda de Yulin negou que havia recebido algum pedido de banimento, afirmaram que não apoiava o evento, mas ressaltou que não havia nada a ser feito já que ele é organizado pela comunidade. Neste ano, o festival começou menor, mas mesmo assim deve continuar até o fim do mês sem problemas. Em muitos restaurantes e barracas de comida, para atrair mais consumidores, alguns comerciantes acabam não dizendo a origem da carne e cobrindo qualquer sinal de que ela é de cachorro. Em outros casos, contudo, os proprietários fazem questão de deixar claro que tipo de alimento estão vendendo. De acordo com especialistas, mesmo com as críticas, infelizmente é difícil que a manifestação tenha um fim definitivo em um futuro próximo. O motivo principal é que milhares de chineses afirmam que têm orgulho do seu país e da cultura, até ao que se refere a maus-tratos de animais no festival. Segundo a tradição local, reforçada principalmente pelos mais velhos, comer carne de cães é um grande benefício para sua saúde. Além disso, de acordo com vários consumidores, o sabor da carne é relativamente proporcional a quantos os animais estavam assustados quando foram mortos. Outro problema que impede o fim do festival é que a região onde se encontra Yulin, a província de Guangxi, é uma das mais pobres do país, e muitos vendedores de cachorro são agricultores e fazendeiros de baixa renda que contam com a carne dos cães para ajudar na sobrevivência das suas famílias. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Por isso, milhares de ativistas tentam lutar contra o festival, exigindo o seu fim. E segundo muitos deles, a edição deste ano nem aconteceria, já que supostamente teria sido proibida pelas autoridades chinesas. No entanto, o Departamento de Propaganda de Yulin negou que havia recebido algum pedido de banimento, afirmaram que não apoiava o evento, mas ressaltou que não havia nada a ser feito já que ele é organizado pela comunidade. Neste ano, o festival começou menor, mas mesmo assim deve continuar até o fim do mês sem problemas. Em muitos restaurantes e barracas de comida, para atrair mais consumidores, alguns comerciantes acabam não dizendo a origem da carne e cobrindo qualquer sinal de que ela é de cachorro. Em outros casos, contudo, os proprietários fazem questão de deixar claro que tipo de alimento estão vendendo. De acordo com especialistas, mesmo com as críticas, infelizmente é difícil que a manifestação tenha um fim definitivo em um futuro próximo. O motivo principal é que milhares de chineses afirmam que têm orgulho do seu país e da cultura, até ao que se refere a maus-tratos de animais no festival. Segundo a tradição local, reforçada principalmente pelos mais velhos, comer carne de cães é um grande benefício para sua saúde. Além disso, de acordo com vários consumidores, o sabor da carne é relativamente proporcional a quantos os animais estavam assustados quando foram mortos. Outro problema que impede o fim do festival é que a região onde se encontra Yulin, a província de Guangxi, é uma das mais pobres do país, e muitos vendedores de cachorro são agricultores e fazendeiros de baixa renda que contam com a carne dos cães para ajudar na sobrevivência das suas famílias. (ANSA)
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