Topo

Itália enriquece patrimônio cultural com 150 obras de arte

27/11/2017 17h54

ROMA, 27 NOV (ANSA) - Mais de 150 famosas obras de arte foram adquiridas entre 2016 e 2017 pelo Ministério dos Bens Culturais e Turismo da Itália (Mibact) para ser destinadas a museus e instituições do país Entre as principais aquisições estão telas, esculturas, fotografias e porcelanas que totalizam cerca de quatro milhões de euros. O governo comprou as obras exercendo os direitos de prioridade em relação a compras privadas e através de aquisições para evitar que elas sejam vendidas no exterior ou perdidas. No acervo, que enriquecerá a coleção da Galeria de Arte Moderna e Contemporânea de Roma, poderá ser visto a intensa cena marinha de Gustave Courbet. Além disso, há também a impressionante alegoria da obra de Carlo Carrà, recentemente comprada pela Pinacoteca de Brera, em Milão. "Arte restaurada aos cidadãos", afirmou o ministro para os Bens Culturais da Itália, Dario Franceschini, ressaltando que no orçamento nacional de 2018 haverá um aumento de mais de 4 milhões de euros para a categoria.   


As obras adquiridas pela direção geral de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem com o parecer favorável do Comitê Científico de Belas Artes produzem o efeito de um tesouro heterogêneo, igual às telas do século 16, misturadas com pratos de porcelanas e obras do século 18.   


Além disso, entre as peças está incluso armas, como as "Corseca", uma espécie de lança de ferro do início do século 16, destinada aos museus de Emília-Romanha para o Castelo de Torrechiara.   


Uma coleção etnográfica de quase 100 peças compostas de delicadas estatuetas de madeira, fibras vegetais, argila e conchas fará parte da coleção do Museu Pigorini em Roma. Já a série de desenhos de Gino Severini foi recuperada pela Alfândega de Exportações e vai compor o acervo da Galeria Uffizi, em Florença.   


Em Roma, a Galeria Nacional de Arte Antiga no Palazzo Barberini recebeu um esplêndido retrato do príncipe Abbondio Rezzonico, do pintor Pompeo Batoni. Por sua vez, Veneza foi enriquecida com o autorretrato do artista Pietro Belloti, enquanto que Milão garantiu uma fotografia histórica dos famosos compositores musicais Giacomo Puccini, Pietro Mascagni e Alberto Franchetti.   


Segundo o governo, todas as obras estavam no esquecimento. "Para serem protegidas, viver verdadeiramente, essas obras exigem que jovens historiadores de arte sejam contratados de modo permanente para que as conservem, estudem e restaurem o conhecimento de todos", afirmou Tomaso Montanari, presidente do grupo "Emergência Cultural". (ANSA)
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.