UE diz que Itália pode repetir nazismo com ciganos
ROMA, 26 OUT (ANSA) - A comissária da União Europeia(UE) para Justiça, Vera Jourová, afirmou nesta sexta-feira (26) estar "preocupada" com a atitude da Itália em relação ao trato com os ciganos e disse que o país "brinca com fogo" mantendo um discurso de ódio, o que pode repetir o nazismo. "No passado, vimos essas categorizações de algumas partes da sociedade. Em alguns documentos nazistas, eles escreveram que eram bocas inúteis para alimentar. São dias estranhos, que lembram um passado sombrio. Se não nos lembrarmos da lição, isso pode ser repetido novamente", explicou.
Segundo Jourová, é justamente por isso "que devemos nos opor ao discurso do ódio com fatos, advertências e diálogos".
A comissária garante que a UE está "monitorando" a situação do "discurso do ódio" em todos os países membros. "Na Itália e em outros Estados-membros seguimos as questões de saúde, habitação, trabalho, educação e outros fatores que estão na base da discriminação".
"Através do nosso trabalho com os gigantes da web sobre o discurso de ódio online, podemos ver o mapa de ódio em vários países da UE. Depois da grande onda de migrantes, os ciganos agora estão no topo da lista", acrescenta.
O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, por sua vez, rebateu os comentários. "Mais bobagem em Bruxelas. Por que a senhora não vem visitar um acampamento cigano em Roma ou Milão, entre armas, ilegalidade, crianças exploradas e objetos roubados?" Talvez ela acorde e mude de ideia. Eu quero ordem e regras", ressaltou.
O discurso de ódio tem sido um dos motivos que tem acarretado crimes contra ciganos, refugiados e imigrantes no país. O próprio Salvini já foi denunciado por "instigação ao ódio racial" pelo Ministério Público de Treviso, que o acusa de fazer "cometários xenófobos e racistas" nas redes sociais. Recentemente, o ministro anunciou um projeto para fazer um "censo" dos ciganos que vivem no país e "expulsar" estrangeiros que estejam em situação irregular. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Segundo Jourová, é justamente por isso "que devemos nos opor ao discurso do ódio com fatos, advertências e diálogos".
A comissária garante que a UE está "monitorando" a situação do "discurso do ódio" em todos os países membros. "Na Itália e em outros Estados-membros seguimos as questões de saúde, habitação, trabalho, educação e outros fatores que estão na base da discriminação".
"Através do nosso trabalho com os gigantes da web sobre o discurso de ódio online, podemos ver o mapa de ódio em vários países da UE. Depois da grande onda de migrantes, os ciganos agora estão no topo da lista", acrescenta.
O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, por sua vez, rebateu os comentários. "Mais bobagem em Bruxelas. Por que a senhora não vem visitar um acampamento cigano em Roma ou Milão, entre armas, ilegalidade, crianças exploradas e objetos roubados?" Talvez ela acorde e mude de ideia. Eu quero ordem e regras", ressaltou.
O discurso de ódio tem sido um dos motivos que tem acarretado crimes contra ciganos, refugiados e imigrantes no país. O próprio Salvini já foi denunciado por "instigação ao ódio racial" pelo Ministério Público de Treviso, que o acusa de fazer "cometários xenófobos e racistas" nas redes sociais. Recentemente, o ministro anunciou um projeto para fazer um "censo" dos ciganos que vivem no país e "expulsar" estrangeiros que estejam em situação irregular. (ANSA)
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