Bolsonaro já tem 3 ministros para novo governo
SÃO PAULO, 29 OUT (ANSA) - Após vencer as eleições no último domingo (28), o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL-RJ), terá de formar seu corpo ministerial, que tomará posse em janeiro de 2019. Três nomes já foram confirmados pelo novo mandatário: Paulo Guedes, para a Fazenda, Onyx Lorenzoni, para a Casa Civil e Augusto Heleno, para a Defesa.
Bolsonaro diz que querer o fim das indicações políticas a ministérios e afirma que privilegiará critérios técnicos para a escolha dos titulares das pastas. Em seu plano de governo, o capitão reformado propõe a redução dos atuais 29 ministérios para apenas 15, sem especificar quais pastas serão cortadas.
Durante a campanha, ele defendeu a fusão do Ministério da Educação com os da Cultura e do Esporte, mas recuou da ideia após ser alvo de críticas. Bolsonaro também voltou atrás sobre a ideia de fundir o Ministérios da Fazenda com o da Indústria e o Comércio, criando o Ministério da Economia, após pressão de empresários. O principal nome do novo governo será o economista Paulo Guedes, guru econômico de Bolsonaro, apelidado por ele como "Posto Ipiranga", que ocupará o Ministério da Fazenda. Durante entrevista neste domingo (28), Guedes declarou a uma jornalista argentina que Mercosul "não será prioridade" e seguirá a determinação do presidente eleito, de conduzir a política econômica do país "sem viés ideológico", passando por uma agenda de privatizações e de diminuição do tamanho do Estado. As propostas liberais formuladas pelo economista fizeram com que Bolsonaro fosse bem visto pelo mercado financeiro. Na manhã desta segunda-feira (29), após a vitória nas urnas, o dólar operou em queda e chegou a ser vendido a R$ 3,64. Mestre PhD pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, Guedes tem 69 anos e é um dos fundadores do banco Pactual e sócio majoritário do grupo BR Investimentos.
Na Casa Civil, o titular será o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que ajudou na costura de alianças políticas regionais e deve coordenar o processo de transição de governo. Com mandato na Câmara desde 2003, Lorenzoni tem 64 anos e é médico veterinário formado pela Universidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O parlamentar é visto como elo importante na articulação política para trazer o apoio dos deputados do chamado "centrão", grupo de partidos com tendência governista, que ajudariam na reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Casa, fator considerado importante para a governabilidade. O general da reserva Augusto Heleno, de 70 anos, será o novo ministro da Defesa. Heleno foi o comandante das tropas brasileiras que realizaram a missão de paz no Haiti, em 2004, e conheceu Bolsonaro na década de 1970, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). O novo titular da pasta saiu da ativa em 2011, aos 45 anos, após um discurso polêmico, em que defendeu a ditadura militar (1964-1985). Heleno será o segundo militar a assumir a Defesa nacional desde a redemocratização, em 1985. O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, é o nome mais cotado para assumir o Ministério da Justiça. O advogado carioca foi o responsável pela articulação política que trouxe Bolsonaro para o partido, no ano passado. Devido à proximidade com o presidente eleito, Bebianno também é cotado para assumir a Secretaria-Geral da presidência. Na Ciência e Tecnologia, o tenente-coronel da reserva Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro, já foi convidado para assumir a pasta e está próximo de ser confirmado. Filiado ao PSL e suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP), eleito nestas eleições me São Paulo, Pontes já foi filiado ao PSB em 2014, quando tentou uma vaga na Câmara.
Outro que deve ocupar lugar de destaque no novo governo é o ex-senador Magno Malta (PP-ES), que recusou convite para ser vice-presidente da chapa para concorrer a um novo mandato, mas não obteve sucesso. O pastor evangélico participou intensamente da campanha, sendo presença constante em transmissões ao vivo pelas redes sociais e em viagens pelo país.
O oncologista Nelson Teich é um possível nome para o Ministério da Saúde. Responsável pela elaboração do plano de governo no assunto, ele também é empresário do setor da saúde. Outro cotado para a pasta é o do diretor do Hospital do Câncer de Barretos, Henrique Prata.
Na Educação, Stravos Xanthopoylos, ex-diretor de cursos online da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é o favorito para ocupar o cargo. Ele é o responsável por uma das propostas mais polêmicas do plano de governo: implantar a educação à distância desde o ensino fundamental no sistema brasileiro. Xanthopoylos também é contra o sistema de cotas na universidades públicas do país.
Na pasta da Agricultura, o pecuarista Luiz Antônio Nabhan Garcia é o nome mais cotado. Presidente da União Democrática Ruralista, ele é o autor da proposta de junção dos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, que foi alvo de críticas. Bolsonaro admitiu que pode rever a proposta, mas não confirmou se vai retirá-la do plano de governo. O empresário Paulo Marinho fecha a lista de cotados para formar o gabinete do Poder Executivo Nacional. Ele é o principal cotado para ocupar o Ministério das Comunicações. O empresário, que cedeu sua casa para a gravação de programas de televisão e entrevistas durante a campanha, é suplente de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito, na Câmara dos Deputados brasileira. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Bolsonaro diz que querer o fim das indicações políticas a ministérios e afirma que privilegiará critérios técnicos para a escolha dos titulares das pastas. Em seu plano de governo, o capitão reformado propõe a redução dos atuais 29 ministérios para apenas 15, sem especificar quais pastas serão cortadas.
Durante a campanha, ele defendeu a fusão do Ministério da Educação com os da Cultura e do Esporte, mas recuou da ideia após ser alvo de críticas. Bolsonaro também voltou atrás sobre a ideia de fundir o Ministérios da Fazenda com o da Indústria e o Comércio, criando o Ministério da Economia, após pressão de empresários. O principal nome do novo governo será o economista Paulo Guedes, guru econômico de Bolsonaro, apelidado por ele como "Posto Ipiranga", que ocupará o Ministério da Fazenda. Durante entrevista neste domingo (28), Guedes declarou a uma jornalista argentina que Mercosul "não será prioridade" e seguirá a determinação do presidente eleito, de conduzir a política econômica do país "sem viés ideológico", passando por uma agenda de privatizações e de diminuição do tamanho do Estado. As propostas liberais formuladas pelo economista fizeram com que Bolsonaro fosse bem visto pelo mercado financeiro. Na manhã desta segunda-feira (29), após a vitória nas urnas, o dólar operou em queda e chegou a ser vendido a R$ 3,64. Mestre PhD pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, Guedes tem 69 anos e é um dos fundadores do banco Pactual e sócio majoritário do grupo BR Investimentos.
Na Casa Civil, o titular será o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que ajudou na costura de alianças políticas regionais e deve coordenar o processo de transição de governo. Com mandato na Câmara desde 2003, Lorenzoni tem 64 anos e é médico veterinário formado pela Universidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O parlamentar é visto como elo importante na articulação política para trazer o apoio dos deputados do chamado "centrão", grupo de partidos com tendência governista, que ajudariam na reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Casa, fator considerado importante para a governabilidade. O general da reserva Augusto Heleno, de 70 anos, será o novo ministro da Defesa. Heleno foi o comandante das tropas brasileiras que realizaram a missão de paz no Haiti, em 2004, e conheceu Bolsonaro na década de 1970, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). O novo titular da pasta saiu da ativa em 2011, aos 45 anos, após um discurso polêmico, em que defendeu a ditadura militar (1964-1985). Heleno será o segundo militar a assumir a Defesa nacional desde a redemocratização, em 1985. O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, é o nome mais cotado para assumir o Ministério da Justiça. O advogado carioca foi o responsável pela articulação política que trouxe Bolsonaro para o partido, no ano passado. Devido à proximidade com o presidente eleito, Bebianno também é cotado para assumir a Secretaria-Geral da presidência. Na Ciência e Tecnologia, o tenente-coronel da reserva Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro, já foi convidado para assumir a pasta e está próximo de ser confirmado. Filiado ao PSL e suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP), eleito nestas eleições me São Paulo, Pontes já foi filiado ao PSB em 2014, quando tentou uma vaga na Câmara.
Outro que deve ocupar lugar de destaque no novo governo é o ex-senador Magno Malta (PP-ES), que recusou convite para ser vice-presidente da chapa para concorrer a um novo mandato, mas não obteve sucesso. O pastor evangélico participou intensamente da campanha, sendo presença constante em transmissões ao vivo pelas redes sociais e em viagens pelo país.
O oncologista Nelson Teich é um possível nome para o Ministério da Saúde. Responsável pela elaboração do plano de governo no assunto, ele também é empresário do setor da saúde. Outro cotado para a pasta é o do diretor do Hospital do Câncer de Barretos, Henrique Prata.
Na Educação, Stravos Xanthopoylos, ex-diretor de cursos online da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é o favorito para ocupar o cargo. Ele é o responsável por uma das propostas mais polêmicas do plano de governo: implantar a educação à distância desde o ensino fundamental no sistema brasileiro. Xanthopoylos também é contra o sistema de cotas na universidades públicas do país.
Na pasta da Agricultura, o pecuarista Luiz Antônio Nabhan Garcia é o nome mais cotado. Presidente da União Democrática Ruralista, ele é o autor da proposta de junção dos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, que foi alvo de críticas. Bolsonaro admitiu que pode rever a proposta, mas não confirmou se vai retirá-la do plano de governo. O empresário Paulo Marinho fecha a lista de cotados para formar o gabinete do Poder Executivo Nacional. Ele é o principal cotado para ocupar o Ministério das Comunicações. O empresário, que cedeu sua casa para a gravação de programas de televisão e entrevistas durante a campanha, é suplente de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito, na Câmara dos Deputados brasileira. (ANSA)
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