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Veneza anuncia taxas de 3 a 10 euros para turistas

04/02/2019 12h57

VENEZA, 4 FEV (ANSA) - O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, apresentou nesta segunda-feira (4) a proposta de criação de uma taxa de até 10 euros para turistas que desejem visitar a cidade do norte da Itália.   

A taxa seria imposta ainda neste ano, mas, até 31 de dezembro, custaria 3 euros. Gradualmente, passaria para 8 euros nos dias de semana e 10 euros em finais de semana e datas festivas. Além disso, a partir de 2022, os turistas deverão fazer um tipo de agendamento para entrar em Veneza. "O objetivo é gerenciar os fluxos turísticos da cidade, prevendo as chegadas a partir de 2022", disse o prefeito, em uma coletiva de imprensa. "Não estamos interessados em fazer 'caixa', mas sim, em chegar em 2022 com uma gestão do fluxo de turistas", ressaltou Brugnaro, esclarecendo que "ninguém será impedido de ter acesso, apenas será mais complicado para quem não reserva".   

De acordo com o prefeito, a medida visa a "melhorar a qualidade de vida dos cidadãos da cidade e das ilhas". Brugnaro informou que foram criadas 19 exceções para a taxa, como estudantes, deficientes, moradores, trabalhadores de Veneza, residentes em toda a região do Vêneto, participantes de competições esportivas, entre outros. "Até 31 de dezembro de 2019, aplicaremos um desconto a todos, de 3 euros. A cidade é e permanecerá aberta", garantiu. No entanto, caso o visitante não pague a taxa, poderá ser multado em 100 ou 450 euros. As mudanças no acesso à cidade foram apresentadas em forma de procedimento municipal e deverão ser aprovadas no Conselho Municipal (Câmara de Vereadores) nas próximas semanas. Depois, devem entrar em operação em até 60 dias - aproximadamente em maio.   

Nos últimos anos, Veneza tem criado uma série de medidas para conter o alto fluxo de turistas e organizar as visitas, além de aplicar multas a infratores. Isso porque o centro histórico de Veneza tem sofrido com o êxodo de moradores e trabalhadores devido ao número descontrolado de turistas.   

O principal foco dessa nova medida seriam os navios de cruzeiro, que desembarcam milhares de passageiros para apenas passar o dia na cidade, superlotando os principais bairros. (ANSA)
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