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Após nomeação de primeiro-ministro de direita, franceses vão às ruas protestar contra Macron

Dois dias depois da nomeação do ex-comissário europeu e político de direita, Michel Barnier, como novo primeiro-ministro da França, milhares de franceses vão às ruas protestar contra o presidente Emmanuel Macron, neste sábado (7). Cerca de 150 manifestações estão previstas em todo o país.

Os protestos foram inicialmente convocados no final de agosto por organizações estudantis com apoio de várias ONGs e do partido A França Insubmissa (LFI) para protestar contra a recusa do presidente Macron de nomear Lucie Castets, para a chefia de governo.

Castets foi indicada pela Nova Frente Popular, grupo que reuniu vários partidos de esquerda, e que venceu as eleições legislativas de julho.

Com a nomeação de Michel Barnier, um político de direita, os protestos ganharam ainda mais fôlego e apoio de centrais sindicais e de partidos e militantes da esquerda francesa, revoltados com a decisão do presidente Macron, que segundo os manifestantes, ignorou o resultado das urnas e impôs um primeiro-ministro após ter o aval da extrema direita.

"O presidente acaba de decidir nomear um primeiro-ministro de um grupo político que obteve 6% nas eleições legislativas e que só tem 40 deputados", insistiu sexta-feira (6) o coordenador do LFI Manuel Bompard para quem Emmanuel Macron "simplesmente decidiu ignorar o resultado das eleições legislativas".

Em Paris, a manifestação começa às duas da tarde pelo horário local, 9 da manhã pelo horário de Brasília e vai da Praça da República até a Praça da Nação, no leste da capital. A polícia prevê uma mobilização limitada de cerca de 30.000 manifestantes. Na capital, entre 4 e 8 mil pessoas são esperadas.

Mas a mobilização tende a se fortalecer, devido aos apelos em redes sociais e nas mídias, reconhece a polícia.

Controle da imigração

Em sua primeira entrevista, após ser nomeado primeiro-ministro, Michel Barnier definiu, na sexta-feira, entre as suas prioridades "controlar os fluxos migratórios com medidas concretas", melhorar os salários e não aumentar a dívida da França.

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Saúde e habitação são outros temas prioritários, de acordo com o chefe de governo ao canal de tevê francês, TF1. "Vou me esforçar, com os vários ministros que serão nomeados, para controlar melhor, utilizar melhor o dinheiro público e confiar nos serviços públicos, porque precisamos de serviços públicos eficientes", acrescentou.

Michel Barnier também afirmou que queria formar um governo que não seja apenas de direita e abrir a mesa de negociações "a todos os que quiserem", sem excluir a participação de pessoas da esquerda.

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