Israelenses condenam Bolsonaro por fala sobre Holocausto
TEL AVIV, 14 ABR (ANSA) - O presidente de Israel, Reuven Rivlin, se uniu a diversos israelenses para criticar o presidente Jair Bolsonaro, após o brasileiro dizer que os crimes do Holocausto podem ser perdoados, mas nunca esquecidos. "Nós nunca perdoaremos e nunca esqueceremos. Ninguém jamais será capaz de impor perdão ao povo judeu e nunca poderá ser obtido por outros interesses", disse Rivlin no Twitter, sem citar o nome do brasileiro.
"O que [os nazistas] fizeram conosco está gravado em nossa memória, na memória de um povo antigo", acrescentou o chefe de Estado israelense, ressaltando que os judeus "sempre lutarão contra a xenofobia e o antissemitismo". Para Rivlin, "líderes políticos são responsáveis por moldar o futuro. Historiadores descrevem o passado e investigam o que aconteceu. Nenhuma das partes deveria entrar no território da outra".
Neste sábado (13), o centro de memória do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, divulgou um comunicado no qual afirma que "não é direito de nenhuma pessoa determinar se crimes hediondos do Holocausto podem ser perdoados". Segundo a nota, o museu dedicado a homenagear as vítimas do genocídio afirma que "desde sua criação tem trabalhado para manter a lembrança do Holocausto viva e relevante para o povo judeu e a toda humanidade".
Durante reunião com pastores evangélicos no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (11), Bolsonaro provocou debates em todo o mundo depois de dizer que é possível perdoar o Holocausto, só não esquecê-lo. "Fui, mais uma vez, ao Museu do Holocausto. Nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer. E é minha essa frase: Quem esquece seu passado está condenado a não ter futuro. Se não queremos repetir a história que não foi boa, vamos evitar com ações e atos para que ela não se repita daquela forma", afirmou o mandatário brasileiro. Neste domingo (14), o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, informou que recebeu uma mensagem de Bolsonaro, na qual explica que "o perdão é algo pessoal". Além disso, ele tomou partido de Bolsonaro e alertou que quem tentar desacreditar "das palavras de um grande amigo do povo e do governo de Israel" não terá sucesso.
"Em nenhum momento de seu discurso o presidente mostrou desrespeito ou indiferença em relação ao sofrimento dos judeus", publicou em uma rede social.
Bolsonaro é considerado um forte apoiador de Israel e do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. No início do mês, ele visitou o Museu do Holocausto e chegou a afirmar que "não há dúvida de que o nazismo foi um movimento de esquerda". A declaração contraria todas as informações disponibilizadas pelo centro cultural. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"O que [os nazistas] fizeram conosco está gravado em nossa memória, na memória de um povo antigo", acrescentou o chefe de Estado israelense, ressaltando que os judeus "sempre lutarão contra a xenofobia e o antissemitismo". Para Rivlin, "líderes políticos são responsáveis por moldar o futuro. Historiadores descrevem o passado e investigam o que aconteceu. Nenhuma das partes deveria entrar no território da outra".
Neste sábado (13), o centro de memória do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, divulgou um comunicado no qual afirma que "não é direito de nenhuma pessoa determinar se crimes hediondos do Holocausto podem ser perdoados". Segundo a nota, o museu dedicado a homenagear as vítimas do genocídio afirma que "desde sua criação tem trabalhado para manter a lembrança do Holocausto viva e relevante para o povo judeu e a toda humanidade".
Durante reunião com pastores evangélicos no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (11), Bolsonaro provocou debates em todo o mundo depois de dizer que é possível perdoar o Holocausto, só não esquecê-lo. "Fui, mais uma vez, ao Museu do Holocausto. Nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer. E é minha essa frase: Quem esquece seu passado está condenado a não ter futuro. Se não queremos repetir a história que não foi boa, vamos evitar com ações e atos para que ela não se repita daquela forma", afirmou o mandatário brasileiro. Neste domingo (14), o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, informou que recebeu uma mensagem de Bolsonaro, na qual explica que "o perdão é algo pessoal". Além disso, ele tomou partido de Bolsonaro e alertou que quem tentar desacreditar "das palavras de um grande amigo do povo e do governo de Israel" não terá sucesso.
"Em nenhum momento de seu discurso o presidente mostrou desrespeito ou indiferença em relação ao sofrimento dos judeus", publicou em uma rede social.
Bolsonaro é considerado um forte apoiador de Israel e do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. No início do mês, ele visitou o Museu do Holocausto e chegou a afirmar que "não há dúvida de que o nazismo foi um movimento de esquerda". A declaração contraria todas as informações disponibilizadas pelo centro cultural. (ANSA)
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