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Ministro chileno confirma morte de ao menos 7 em protestos

Manifestantes protestam contra aumento no valor da passagem de metrô em Santiago, no Chile - Carlos Vera/Reuters
Manifestantes protestam contra aumento no valor da passagem de metrô em Santiago, no Chile
Imagem: Carlos Vera/Reuters

Em Roma

20/10/2019 23h15

O ministro do Interior do Chile, Andrés Chadwick, confirmou na noite deste domingo (20) que ao menos sete pessoas morreram em decorrência dos protestos violentos deflagrados em Santiago, capital do país.

Segundo o político, duas mortes foram registradas durante a madrugada, depois de um incêndio criminoso em um supermercado; e as outras cinco ocorreram em outro incêndio, em uma fábrica.

"Hoje tivemos mais de 70 atos de grave violência, entre eles, mais de 40 saques", disse Chadwick em um pronunciamento.

Conforme revelado pelo Ministério Público chileno, foram 1462 prisões, sendo que 614 aconteceram em Santiago e 848 no restante do país.

As autoridades chilenas ainda decretaram um novo toque de recolher no país. A medida teve início a partir das 19h (horário local) na tentativa de conter as mobilizações e saques. Os atos começaram após o governo anunciar o aumento de 30 pesos na tarifa do metrô.

No entanto, os protestos foram marcados por violência depois de confrontos com a polícia. O caos tomou conta do Chile, que decretou estado de emergência e enviou militares às ruas pela primeira vez no período democrático. O presidente da nação, Sebastian Piñera, por sua vez, chegou a suspender o novo aumento, mas mesmo assim as manifestações continuaram.

Diversos ônibus e estabelecimentos foram incendiados, enquanto que estações de metrôs foram atacadas, ficando destruídas. Os protestos, de acordo com as autoridades, são os mais violentos desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).