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Parlamento da UE aprova gabinete de Ursula von der Leyen

27/11/2019 10h18

ESTRASBURGO, 27 NOV (ANSA) - O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira (27), por 461 votos a 157, o gabinete formado pela presidente eleita da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, de 61 anos.   

Esse resultado é superior ao alcançado pelo atual chefe do poder Executivo da União Europeia, Jean-Claude Juncker, cujo gabinete foi chancelado em 2014 com placar de 423 a 209. A votação desta quarta também teve 89 abstenções.   

Após a proclamação do resultado, Von der Leyen se levantou e recebeu os aplausos dos europarlamentares. "Estamos muito orgulhosos do trabalho do Parlamento Europeu. Foi um processo democrático, sério e transparente", disse o presidente do Europarlamento, David Sassoli.   

O italiano e a alemã assinaram o termo de posse que será entregue ao Conselho Europeu, principal órgão político da UE, para ratificação, etapa que é considerada mera formalidade. Von der Leyen assumirá a Comissão Europeia em 1º de dezembro, para um mandato de cinco anos.   

A troca de comando era para ter acontecido em novembro, mas a rejeição a alguns comissários no Legislativo da União acabou adiando o processo. Cada Estado-membro tem direito a uma pasta no Executivo da UE, e a Itália designou o ex-primeiro-ministro Paolo Gentiloni, que será comissário da Economia.   

"A comissão parte com um apoio superior ao da precedente, e isso é um bom sinal. No que diz respeito a meu trabalho, a prioridade absoluta será a retomada do crescimento", declarou Gentiloni.   

Ex-ministra da Defesa da Alemanha, Von der Leyen é apoiada pela chanceler Angela Merkel e foi indicada presidente da Comissão Europeia após um acordo de sua legenda, o conservador Partido Popular Europeu (PPE), com sociais-democratas e liberais, as três principais forças na UE.   

Em seu discurso antes da votação, Von der Leyen disse ter montado uma equipe "excepcional". "Nos próximos cinco anos, nossa união levará adiante uma transformação de sociedade e economia", prometeu.   

A presidente eleita também citou a crise climática, incluindo as inundações em Veneza e os incêndios florestais em Portugal, e afirmou que a proteção ao meio ambiente será um dos pilares de sua gestão. "Não podemos perder um segundo sequer." (ANSA)
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