Número de mortes de líderes indígenas é o maior em 11 anos
SÃO PAULO, 10 DEZ (ANSA) - O número de líderes indígenas que perderam a vida durante conflitos no campo desde janeiro de 2019 foi o maior em pelo menos 11 anos, informou a Comissão Pastoral da Terra (CPT) nesta segunda-feira (9). De acordo com os dados preliminares, foram registradas sete mortes neste ano, contra duas em 2018.
O balanço final só será conhecido em abril de 2020, mas inclui os dois indígenas Guajajara mortos no Maranhão, em Jenipapo dos Vieiras, no último fim de semana, e do ativista da etnia Tuyuca Humberto Peixoto Lemos que faleceu depois de ser agredido a pauladas. Segundo a coordenação nacional da CPT, citado pelo site "G1", o aumento no número de mortes está relacionado com um discurso de "violência institucionalizada" nos conflitos do campo. No total, 27 pessoas morreram em decorrência desse motivo durante todo o ano, sendo que sete eram líderes indígenas. A cifra é maior do que a registrada em 2018, quando aconteceram 28 mortes. Os dados são enviados pelas pastorais de cada região e dizem respeito apenas aos assassinatos ligados a conflitos por terra. "Nós vivemos um momento em que o Estado é o agente promotor das agressões. Com todo esse momento político que a gente vive, os responsáveis pelas violências decidiram que esses povos indígenas não têm direitos e que têm que ser eliminados. Com isso, a gente está vendo um massacre", afirmou Paulo Moreira, coordenador da Pastoral da Terra. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O balanço final só será conhecido em abril de 2020, mas inclui os dois indígenas Guajajara mortos no Maranhão, em Jenipapo dos Vieiras, no último fim de semana, e do ativista da etnia Tuyuca Humberto Peixoto Lemos que faleceu depois de ser agredido a pauladas. Segundo a coordenação nacional da CPT, citado pelo site "G1", o aumento no número de mortes está relacionado com um discurso de "violência institucionalizada" nos conflitos do campo. No total, 27 pessoas morreram em decorrência desse motivo durante todo o ano, sendo que sete eram líderes indígenas. A cifra é maior do que a registrada em 2018, quando aconteceram 28 mortes. Os dados são enviados pelas pastorais de cada região e dizem respeito apenas aos assassinatos ligados a conflitos por terra. "Nós vivemos um momento em que o Estado é o agente promotor das agressões. Com todo esse momento político que a gente vive, os responsáveis pelas violências decidiram que esses povos indígenas não têm direitos e que têm que ser eliminados. Com isso, a gente está vendo um massacre", afirmou Paulo Moreira, coordenador da Pastoral da Terra. (ANSA)
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