Itália vai dar reforço em vacinados com CoronaVac e Sputnik V
O Ministério da Saúde da Itália vai aplicar uma dose de reforço em pessoas vacinadas com os imunizantes anticovid CoronaVac, da China, e Sputnik V, da Rússia, no exterior.
De acordo com circular divulgada pela pasta na noite de ontem, a terceira dose será feita com as fórmulas da Biontech/Pfizer ou da Moderna, ambas com a tecnologia do RNA mensageiro (mRNA).
Ainda segundo o ministério, o reforço poderá ser dado entre 28 dias e seis meses após a conclusão do ciclo primário com a CoronaVac ou a Sputnik V. Essas duas vacinas não são usadas na Itália, mas têm amplo alcance no exterior, inclusive em países com grandes comunidades italianas, como os da América do Sul.
Além disso, a medida deve beneficiar chineses que estão hoje na Itália, mas foram vacinados com a CoronaVac em seu país de origem.
Quem tomar o reforço poderá obter o "passe verde", certificado sanitário criado pelo governo italiano e que é exigido em todos os locais de trabalho, além de espaços culturais, áreas cobertas de bares e restaurantes, cinemas e eventos esportivos.
Quem tiver se imunizado com a CoronaVac ou a Sputnik V há mais de seis meses terá de iniciar um novo ciclo vacinal com as fórmulas disponíveis hoje na Itália (Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Janssen).
O Ministério da Saúde também fala em ampliar o público apto a receber a dose de reforço no país. A Aifa (Agência Italiana de Medicamentos) autorizou sua aplicação em pessoas com mais de 60 anos, em condição de fragilidade ou que tenham tomado a vacina de dose única da Janssen, mas a prioridade ainda é de imunossuprimidos, idosos com mais de 80 anos e trabalhadores da saúde.
"Trabalharemos a partir da próxima semana para levar a dose de reforço a outras faixas etárias", disse o ministro da Saúde, Roberto Speranza, em coletiva de imprensa hoje.
Já o coordenador das ações contra pandemia do governo, Francesco Figliuolo, garantiu que a Itália tem doses suficientes para fazer o reforço em toda a população. Atualmente, 83,3% do público-alvo (pessoas a partir de 12 anos) já concluiu o primeiro ciclo vacinal, mas o país vive uma alta nos casos há cerca de um mês, embora as mortes continuem estáveis.
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