Macron e Scholz pressionam Putin para trégua imediata na Ucrânia
ROMA, 12 MAR (ANSA) - O presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, pressionaram o líder russo, Vladimir Putin, para anunciar uma trégua imediata na guerra na Ucrânia.
"A conversa faz parte dos esforços internacionais em curso para acabar com a guerra na Ucrânia", disse o porta-voz alemão, Steffen Hebestreit, após telefonema entre os três líderes, neste sábado (12).
Durante uma ligação de mais de uma hora, Macron e Scholz também pediram "o início de uma solução diplomática para o conflito".
Sobre os outros assuntos debatidos na conversa, "foi acordado o silêncio", informou o governo da Alemanha.
Putin, por sua vez, acusou as forças de Kiev de "flagrantes violações" do direito internacional humanitário no conflito na Ucrânia e pediu aos líderes da Alemanha e da França para "exercer sua influência" sobre as autoridades locais para acabar com isso. As informações foram relatadas pela agência russa Tass.
"Em relação às questões levantadas pelos seus interlocutores sobre a situação humanitária na área da operação militar especial para proteger Donbass, Vladimir Putin informou-os sobre a situação real", disse o Kremlin.
Em comunicado, Moscou acusou as forças ucranianas de "execuções extrajudiciais de dissidentes, tomada de reféns e uso de civis como escudos humanos, armas pesadas colocadas em áreas residenciais, perto de hospitais, escolas, jardins de infância e assim por diante".
O presidente russo ainda informou Macron e Scholz sobre os desenvolvimentos nas negociações dos últimos dias entre Moscou e Kiev. Os três líderes concordaram em manter contato "sobre o problema da Ucrânia".
Mais cedo, Macron e Scholz também conversaram com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que pediu ajuda para garantir a libertação do prefeito de Melitopol, cujas forças russas teriam sequestrado, segundo Kiev.
"Conversamos com nossos parceiros sobre a situação do nosso prefeito. Nosso pedido é claro: ele deve ser liberado imediatamente", disse o líder ucraniano. "Esperamos que os líderes do mundo nos mostrem o quanto podem influenciar a situação".
Tropas russas avançaram ainda mais em direção à Kiev e estão a menos de 25 km da capital ucraniana. A informação é de um relatório do serviço de inteligência do Ministério da Defesa do Reino Unido, que enviou aviões com equipamentos médicos e ajuda humanitária à Ucrânia. (ANSA)
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