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Reunião com Putin não foi amigável, diz chanceler austríaco

11/04/2022 12h30

ROMA, 11 ABR (ANSA) - O chanceler austríaco, Karl Nehammer, afirmou que sua reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta segunda-feira (11) "não foi um encontro amigável", em declaração dada para a mídia do país.   

A declarações foram repercutidas pelo jornal "Kronen Zeitung", "Die Presse" e pela agência APA. O encontro entre os dois líderes durou 75 minutos.   

"A conversa com Putin foi muito dura e franca. Não foi um encontro amigável", informou a Chancelaria aos veículos de mídia. Ainda conforme o órgão, Nehammer afirmou que "a guerra deve cessar porque em um conflito desses os dois lados saem perdedores".   

Além disso, afirmou com "palavras claras" que os militares russos estão cometendo crimes de guerra em Bucha e em outras cidades do país vizinho.   

O chanceler alertou o líder do Kremlin que "há a necessidade de uma investigação internacional" para averiguar todas as denúncias feitas por Kiev nos mais de 45 dias de guerra.   

Sobre as duras sanções aplicadas pelos países ocidentais, Nehammer afirmou a Putin que "elas poderão ser novamente endurecidas enquanto as pessoas na Ucrânia continuam a morrer".   

"Agora, informarei novamente os nossos parceiros europeus sobre as minhas conversas com o presidente russo e discutiremos os novos passos", afirmou ainda.   

O chefe de governo da Áustria foi o primeiro líder da União Europeia a se reunir com Putin desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro. O encontro ocorreu dois dias depois de Nehammer se reunir com o mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, e reafirmar a postura do país de apoio a Kiev.   

A Rússia ainda não se manifestou sobre o encontro. A agência estatal de notícias Tass apenas informou que a conversa entre os dois líderes "acabou" e que não foram dados detalhes sobre as conversas em si.   

Antes do encontro, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, tinha apenas informado que "o centro dos debates seria sobre a situação da Ucrânia, mas, em outra mão, haverá discussões sobre os problemas do gás" (ANSA).   

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