Aliado da extrema direita alemã é preso por 'espionar para China

BERLIM, 23 ABR (ANSA) - Um colaborador do eurodeputado Maximilian Krah, do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), foi detido sob a acusação de espionagem para a China, informaram as autoridades locais nesta terça-feira (23).   

A informação foi anunciada pelo Ministério Público Federal alemão, que revela a prisão em Dresden de um "cidadão alemão", conhecido como "Jian G." e definido como "colaborador de um serviço secreto chinês".   

Segundo o comunicado, Jian G. é "atribuído à atividade de agente de um serviço secreto estrangeiro em uma situação particularmente grave" e "trabalha para o deputado alemão do Parlamento Europeu desde 2019".   

Em janeiro de 2024, o acusado teria transmitido repetidamente informações sobre negociações e decisões no Parlamento Europeu ao seu cliente do serviço secreto". Além disso, espionou membros da oposição chinesa na Alemanha.   

O governo alemão destaca ainda que o suposto espião, de 43 anos, será apresentado a um juiz para validar a prisão. Ele mora em Dresden e em Bruxelas.   

Reação - Krah, que conta com o apoio da ala extrema do partido, ainda não comentou as acusações contra seu assessor. Entretanto, recentemente, ele já havia sido criticado dentro da própria sigla pela sua proximidade com a China.   

Além disso, o líder da Afd nas eleições europeias de junho tornou-se objeto de atenção pública por ter dado entrevistas à plataforma russa de Internet "Voz da Europa", incluída na lista de sanções nacionais do governo tcheco.   

Já o Ministério das Relações Exteriores da China disse que a prisão de um colaborador de um político alemão de extrema direita sob a acusação de espionagem faz parte de uma operação que visa "difamar e reprimir" o seu país.   

"Estamos cientes dos relatórios e da campanha relacionada", comentou o porta-voz Wang Wenbin, destacando que a "intenção deste tido de atividade é muito óbvia e clara e é difamar e reprimir a China e destruir a atmosfera de cooperação entre a China e a Europa". (ANSA).   

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