Presidente italiano homenageia deputado morto em ataque fascista

ROMA, 10 JUN (ANSA) - O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que o assassinato do deputado socialista Giacomo Matteotti, ocorrido há 100 anos, foi um ataque ao Parlamento e à liberdade de todos os cidadãos do país.   

O chefe de Estado acrescentou que a morte do político foi "cruel" e "bárbara", mas representou um "divisor de águas" na história da nação. O ato foi cometido por criminosos fascistas.   

"O sequestro, há cem anos, do deputado socialista Giacomo Matteotti, que foi seguido pelo seu cruel e bárbaro assassinato, foi um ataque ao Parlamento e à liberdade de todos os italianos e representou um divisor de águas na história nacional", declarou Mattarella.   

O deputado, que era o principal opositor do ditador Benito Mussolini, denunciava continuamente os abusos cometidos pelo movimento. Ele foi morto poucos dias depois de denunciar uma fraude eleitoral fascista e a violência causada pelos membros do grupo.   

"A violência que caracterizou ação do movimento fascista, depois dos ataques aos trabalhadores organizados em sindicatos e cooperativas, contra as instituições, voltou-se para o Parlamento. Esse assassinato político assumiu um significado histórico e simbólico peculiar", acrescentou o mandatário.   

A cadeira na Câmara dos Deputados onde Matteotti fez o seu "discurso de morte" em 30 de maio de 1924 ficou vaga para sempre. (ANSA).   

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