Padre com HIV abusa de crianças na Itália sem proteção

GENOVA, 6 AGO (ANSA) - Um padre foi colocado em prisão domiciliar na Itália após ser acusado de cometer violência sexual contra um menor e pode ter seu caso agravado por ser portador de HIV e não ter usado proteção.   

A medida é avaliada pela juíza de investigações preliminares Milena Catalano, que ordenou a detenção do pároco Andrea Melis, ex-diretor da escola e fundação Padre Assarotti e ex-diretor da Federação das escolas católicas primárias e secundárias da Ligúria (Fidae).   

Segundo a magistrada, "o perigo é enorme" se for considerado que o religioso é portador de HIV e teve "relações sem precauções", expondo a vítima "ao risco" de se infectar.   

Melis admitiu aos investigadores que contraiu o HIV há 10 anos na África, mas está em tratamento, o que reduz o risco de contágio. De acordo com as autoridades italianas, o menor de 12 anos que foi abusado não testou positivo para o vírus.   

O padre é acusado de agressão sexual contra menor, prostituição de menor e tentativa de violência agravada. Além disso, há suspeitas de que ele tenha abusado de outras crianças.   

Em uma operação de busca em sua residência, a polícia apreendeu drogas para estimulação sexual, além de roupas de grife e um estoque de cigarros eletrônicos que ele dava aos menores para atraí-los para sua casa.   

Melis é defendido pelos advogados Raffaele Caruso e Graziella Delfino, que explicam que o padre "vive com uma infecção pelo HIV, mas sua situação está em tratamento há 12 anos no hospital San Martino de Gênova e há mais de 10 anos a terapia que ele segue dá resultados positivos".   

De acordo com Caruso e Delfino, os controles realizados periodicamente por Melis "confirmam a indetectabilidade do vírus, que está, portanto, totalmente sob controle e, na verdade, irrelevante".   

"Quando o vírus não é detectável, nem sequer é transmissível.   

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Este é um princípio e uma conquista da ciência das doenças infecciosas. Quem se encontra nesta condição nem sequer é obrigado a comunicá-lo porque não representa um perigo", conclui a defesa do religioso. (ANSA).   

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