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Rede de tráfico e prostituição de brasileiras é desbaratada nos EUA

15/06/2011 10h18

A Justiça americana anunciou na terça-feira a prisão de cinco membros de uma suposta gangue que teria ajudado a traficar centenas de imigrantes ilegais - em sua maioria brasileiros - para os Estados Unidos. Grande parte da "clientela" do grupo era composta por mulheres obrigadas a se prostituir nos Estados Unidos.

Nacip Teotonio Pires, 47, Rubens Da Silva, 39, Sanderlei Alves Da Cruz, 31, Francismar Da Conceição, 36, e Claudinei Pereira Mota, 34, foram presos entre sexta e terça-feira em operações policiais nas cidades de Newark, em Nova Jersey, Haverhill, em Massachusetts, e em Houston, no Texas. Uma sexta suposta integrante da gangue, cujo nome foi identificado apenas como Priscilla L.N.U., foi indiciada com o grupo mas está foragida.

Prostituição

Segundo a Justiça federal do Estado de Nova Jersey, os seis cobrariam entre US$ 13 mil (R$ 20,6 mil) e US$ 25 mil (R$ 39,6 mil) para levar os imigrantes aos Estados Unidos, dependendo da rota de viagem e se a pessoa pagava adiantado ou em parcelas após chegar ao destino.

Muitas dessas pessoas eram mulheres jovens brasileiras obrigadas a trabalhar como dançarinas em clubes de striptease ou como prostitutas para pagar as dívidas com a gangue.

De acordo com a acusação, a gangue obrigava os imigrantes a pagar ameaçando suas famílias no país de origem ou exigindo a transferência de títulos de propriedade de imóveis como garantia antes das viagens.

Eles teriam estabelecido duas rotas para o envio dos imigrantes ilegais a partir de São Paulo - uma via Cidade do México e outra pelo Caribe.

A investigação sobre o grupo inclui grampos autorizados nos celulares dos acusados, que interceptaram as negociações entre eles.

Segundo a Justiça americana, se os acusados forem considerados culpados, podem ser condenados a penas de até dez anos de prisão e multas de até US$ 250 mil.