Garoto é 'enganado' e 'roubado' durante incêndio em favela de São Paulo
Para Adílson de Moraes Nogueira, de 46 anos, perder tudo que havia conquistado com suor não foi a maior dor causada pelo incêndio na favela Morro do Piolho, na zona sul de São Paulo.
O ajudante de serviços gerais conta que, pouco após seu filho ter conseguido tirar muitos dos móveis e objetos de valor do barraco da família, vizinhos lhe disseram que sua mãe estava presa em meio às chamas.
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O garoto, de 15 anos, voltou para dentro da comunidade e sofreu queimaduras no rosto e em diversas partes do corpo procurando pela mãe, que na verdade tinha escapado por outro lado da favela, em segurança.
"Era mentira, saquearam tudo que a gente tinha", diz Adilson.
"É difícil, mostra que a gente pensa que pode confiar nas pessoas, mas está enganado. Espero que quem levou minhas coisas faça bom proveito, mas quero agora cuidar da saúde do meu filho", acrescenta.
Sua prioridade agora é garantir o tratamento médico para o adolescente. "Nem todo posto de saúde tem os medicamentos e pomadas para queimaduras sérias. Em um hospital recusaram a internação", critica.
O filho de Adílson foi o morador que teve os ferimentos mais graves dentre os mais de mil desabrigados pelo fogo. Outros dois tiveram ferimentos mais leves.
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