Destruição em Palmira é menor que esperado
Os danos provocados pela milícia terrorista "Estado Islâmico" (EI) nos sítios arqueológicos de Palmira são menores que o esperado. Especialistas iniciaram nesta segunda-feira (28/03) a avaliação das destruições. Neste domingo, tropas síria anunciaram a retomada completa da cidade histórica.
Um soldado sírio em Palmira falou: "Tínhamos tanto medo de chegar às ruínas e as encontrar completamente destruídas, mas então ficamos aliviados."
O diretor de Antiguidades e Museus da Síria, Maamun Abdulkarim, disse estar confiante de que os edifícios danificados podem ser restaurados dentro de cinco anos. Adulkarim afirmou ter sentido uma "alegria indescritível". "Esperávamos o pior", explicou o diretor, "mas a paisagem está, de forma geral, em boas condições". Segundo ele, Palmira pode ser reconstruída com a ajuda da Unesco e ficar "como era antes".
A "melhor notícia", afirmou o diretor, refere-se à famosa estátua de leão de 15 toneladas, que o EI havia destruído em julho passado. Os diversos fragmentos puderam ser todos coletados e a estátua poderá ser recuperada, disse Abdulkarim, ressaltando que será discutido junto à ONU como o Templo de Bel e o Templo de Baalshamin poderiam ser reconstruídos.
No entanto, o historiador Maurice Sartre deixou a entender que nem todas as destruições são visíveis. Segundo ele, somente 15% a 20% da cidade foi escavada até agora e o que foi destruído no subsolo, "vai ficar perdido para sempre para a ciência".
O "Estado Islâmico" havia tomado o controle da cidade há dez meses. No período seguinte, os extremistas islâmicos chocaram o mundo com execuções brutais nas ruínas da cidade, como também com a destruição de dois importantes templos, do famoso arco do triunfo e de diversas tumbas. Para os jihadistas, a perda de Palmira é uma dura derrota.
Palmira foi elevada pela Unesco à condição de Patrimônio Histórico da Humanidade. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse estar "encorajado e feliz" com a libertação da cidade. O legado agora também de ser protegido e salvaguardado, declarou Ban em visita à vizinha Jordânia.
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