"Devemos rejeitar o desespero", diz Obama em Dallas
Em discurso durante o funeral dos cinco policiais mortos por um franco-atirador em Dallas, o presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira (12/07) que o massacre expôs a "falha mais profunda" da democracia dos Estados Unidos.
"Eu sei que os americanos estão sofrendo com o que testemunhamos na semana passada", afirmou. "Mas estou aqui para dizer que devemos rejeitar tamanho desespero. Estou aqui para insistir que não estamos tão divididos quanto parecemos."
Os cinco agentes foram mortos durante uma manifestação em Dallas contra a morte de dois homens negros em ações policiais nos estados de Luisiana e Minnesota na semana passada.
O autor dos disparos, Micah Xavier Johnson, supostamente ligado a grupos de extremismo negro, disse que "queria matar brancos". Outros nove policiais e dois civis ficaram feridos no ataque.
Obama viajou a Dallas depois de participar da cúpula da Otan, em Varsóvia, e de se reunir com o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy. O ataque foi um dos piores contra policiais na história dos EUA - o incidente mais mortal para as forças de segurança desde o 11 de Setembro.
"Essa é a América que eu conheço"
Obama destacou que os policiais estavam protegendo o direito dos americanos de protestar e, quando o ataque começou, fizeram uma barreira "salvando mais vidas do que um dia poderemos saber". O presidente americano também ponderou que não se pode classificar manifestantes que chamam atenção para questões raciais como um problema.
"Essa é a América que eu conheço", reiterou Obama várias vezes ao falar em convivência pacífica pelo fim das desigualdades raciais. O presidente americano pontuou, no entanto, que apesar de progressos nas relações raciais nos EUA, "o preconceito permanece".
"O nosso modo de viver americano depende das regras da lei", ressaltou Obama. "Sabemos que a esmagadora maioria dos policiais faz um trabalho muito duro e perigoso. Eles merecem nosso respeito, não o nosso desprezo."
O ex-presidente americano George W. Bush também participou da cerimônia em tributo aos policiais Brent Thompson, Patrick Zamarripa, Michael Krol, Lorne Ahrens and Michael Smith. "O desentendimento evolui rapidamente para a desumanização", disse.
KG/ap/rtr
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