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Coreia do Norte prende mais um americano

23/04/2017 12h40

Autoridades norte-coreanas detêm terceiro cidadão dos Estados Unidos, em decisão com potencial para acirrar tensão com o Ocidente. Marinha japonesa se une a manobras militares na península.As autoridades norte-coreanas detiveram um professor de nacionalidade americana e origem sul-coreana, numa decisão com potencial para agravar a tensão entre Pyongyang e o Ocidente. A informação foi confirmada neste domingo (23/04) pela Embaixada Sueca em Pyongyang.O detido se chama Tony Kim, mas também foi identificado pelo seu nome coreano, Kim Sang-duk. A prisão ocorreu quando ele tentava, na sexta-feira, deixar de avião a Coreia do Norte. A razão para a detenção ainda é um mistério.Kim trabalhava como professor na Universidade de Ciência e Tecnologia de Yanbian, uma cidade chinesa na fronteira com a Coreia do Norte. Ele estava no país, segundo a imprensa sul-coreana, para trabalhar em programas de cooperação.Ahn Chan-il, diretor do Centro Internacional de Pesquisa sobre a Coreia do Norte, que tem base em Seul, disse à agência de notícias sul-coreana Yonhap que Kim poderia ser utilizado por Pyongyang como moeda de troca em negociações com Washington.Seu caso se soma aos de outros dois americanos atualmente detidos pelo regime norte-coreano: Kim Dong-chul, um sexagenário de origem sul-coreana capturado em uma região de fronteira com a China; e o estudante Otto Frederick Warmbier, que supostamente tentou roubar um cartaz de propaganda no hotel no qual estava hospedado como turista.Ambos foram condenados neste ano a 10 e 15 anos de trabalhos forçados, respectivamente.Também o pastor protestante Lim Hyeon-Soo, de nacionalidade canadense e origem coreana, foi sentenciado a trabalhos forçados pelo resto da vida em dezembro de 2015, acusado de ter realizado atividades subversivas contra o regime.Agravando a tensão, a Coreia do Norte disse neste domingo que está pronta para atacar um porta-aviões dos Estados Unidos para demonstrar seu poderio militar. A declaração é dada no momento em que dois navios da marinha japonesa se juntaram à Marinha americana para realizar exercícios no Pacífico.