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Após teste de míssil, Coreia do Norte promete "presente" maior

Em imagem de vídeo sem data definida, o ditador Kim Jong-un (de branco) conversa com militares diante de um lançador de míssil, na Coreia do Norte - KRT via AP
Em imagem de vídeo sem data definida, o ditador Kim Jong-un (de branco) conversa com militares diante de um lançador de míssil, na Coreia do Norte Imagem: KRT via AP

30/05/2017 07h54

Pyongyang confirma lançamento bem-sucedido de dispositivo de alta precisão, o nono realizado neste ano. Regime anuncia novas manobras em retaliação a provocações militares dos EUA.

A Coreia do Norte elevou o tom contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul nesta terça-feira (30), ao anunciar avanços no desenvolvimento de seu sistema de mísseis. Após comunicar a realização bem-sucedida de um novo teste com míssil balístico de alta precisão, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, prometeu enviar um "pacote de presente" ainda maior para os "Yankees" americanos, em retaliação a provocações militares.

Segundo informações da agência de notícias estatal KCNA, Kim supervisionou pessoalmente o teste e ordenou o desenvolvimento de armas estratégicas ainda mais poderosas. "O míssil balístico voou para o leste (...) e atingiu corretamente o alvo planejado, com um desvio de sete metros", informou a agência.

O anúncio foi feito um dia após a Coreia do Sul acusar o país vizinho de ter testado mais um míssil. O projétil atingiu uma altitude de 120 quilômetros e percorreu cerca de 450 quilômetros antes em cair no Mar do Japão.

O teste de segunda-feira foi o nono realizado por Pyongyang neste ano e o terceiro em apenas três semanas. De acordo com a KCNA, o lançamento buscava testar uma arma "capaz de realizar ataques de ultraprecisão contra objetos dos inimigos em qualquer área".

"Sempre que notícias da nossa vitória valiosa forem divulgadas [...], os Yankees ficarão preocupados, e os gangsters do exército de marionetes da Coreia do Sul ficarão mais e mais desanimados", disse Kim, citado pela KCNA.

Japão e Coreia do Sul condenaram a provocação do país vizinho. Os insistentes testes armamentistas da Coreia do Norte causaram um aumento da tensão na região e uma escalada verbal com o governo americano, que chegou a insinuar que estuda possíveis ataques preventivos.

Durante a cúpula do G7 na Itália encerrada no último fim de semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a descrever a Coreia do Norte como um "problema mundial" que será resolvido. "Vocês podem apostar", afirmou.