Pitadas: Prinzregententorte, clássico da Baviera
"Bolo príncipe regente" foi criado em homenagem a nobre que governou região alemã a partir do fim do século 19. Hoje, doce de pão de ló e chocolate é popular no café da tarde no sul do país.Finas camadas de pão de ló, cobertas de creme de manteiga e chocolate e cobertura de chocolate amargo formam o Prinzregententorte ("bolo do príncipe regente"), um clássico das confeitarias da Baviera, no sul da Alemanha.O doce foi criado em homenagem ao príncipe Leopoldo (ou Luitpold, em alemão), que regeu a região de 1886 até a sua morte, 1912. A invenção é alvo de disputa. Há quem diga que o criador do bolo tenha sido o confeiteiro da corte, Heinrich Georg Erbhäauser. Outros atribuem a criação ao cozinheiro Johann Rottenhöffer, que, porém, morreu em 1872, antes do suposto nascimento do quitute.O Prinzregententorte tem para Munique, capital da Baviera, um significado semelhante ao que a Sachertorte tem para Viena. Hoje, o doce delicado e de preparo demorado deve ter no mínimo seis camadas de massa. Originalmente, eram oito, uma para cada distrito administrado pelo príncipe Leopoldo.Há quem diga que por a região do Palatinado não fazer mais parte da Baviera, desde a Segunda Guerra Mundial, a torta pode hoje ter sete camadas de massa. Estas devem ser intercaladas com o creme e ter no mínimo meio centímetro de espessura. Há algumas versões em que se coloca sobre o bolo geleia de damasco ou marzipã antes de cobri-lo com chocolate.Apesar de suas fatias altas, o bolo é leve e delicado. Ele continua sendo popular sobretudo na Baviera e é servido em ocasiões especiais, junto com o café da tarde. Não deixe de provar a iguaria em sua próxima viagem à Baviera.Para quem quiser se arriscar na arte da confeitaria, segue uma receita do Prinzregententorte, com seis camadas de massa e uma de marzipã:Ingredientes (para uma fôrma de 26 cm, 12 pedaços)Para a massa8 ovos150 g de açúcar1 pitada de sal200 g de farinha de trigo25 g de amido de milho2 colheres (chá) de fermentoPara o creme100 g de chocolate amargo1 pacote ou caixinha de pudim de chocolate500 ml de leite50 g de açúcar3 colheres (chá) de chocolate em pó250 g de manteiga amolecidaPara a cobertura200 g de marzipã1 colher (sopa) de açúcar de confeiteiro200 g de chocolate amargo para cobertura2 colheres (chá) de óleo vegetalModo de preparoPreparar a massa no dia antes. Cobrir a fôrma (de fundo removível, com 26 cm de diâmetro) com papel-manteiga. Preaquecer o forno a 200°C. Bater os ovos com o açúcar, o sal e seis colheres de sopa de água quente. Acrescentar e mexer aos poucos a farinha, o amido de milho e o fermento.Colocar metade da massa na fôrma e alisar. Assar por cerca de 25 minutos, até dourar levemente. Retirar do forno, deixar esfriar um pouco. Tirar a massa da fôrma e deixar esfriar sobre uma grade. Assar o restante da massa da mesma maneira. Embrulhar as duas metades de massa em filme plástico e deixar descansar durante a noite.Para o creme, picar o chocolate. Misturar o pó de pudim com 100 ml de leite. Aquecer o restante do leite, derreter o chocolate nele e ferver com açúcar e o chocolate em pó. Acrescentar o pudim diluído no leite e, mexendo sempre, deixar ferver. Despejar numa tigela. Cobrir com filme plástico e deixar esfriar até ficar morno.Bater a manteiga amolecida e acrescentar o pudim morno aos poucos, de colher em colher. Cortar cada um dos fundos de massa na horizontal duas vezes, de modo a obter seis discos de massa. Cobrir cada um dos discos com uma camada fina de creme. Reservar um quarto do creme. Empilhar os discos de massa e creme e cobrir o bolo por todos os lados com o creme restante. Resfriar por cerca de uma hora.Bater o marzipã com o açúcar de confeiteiro. Abrir com um rolo de macarrão numa superfície polvilhada com açúcar de confeiteiro, até obter um disco do tamanho do bolo. Colocar o disco de marzipã sobre o bolo.Para a cobertura, picar o chocolate e derreter com o óleo em banho-maria. Cobrir a torta com a cobertura e resfriar por no mínimo duas horas.Toda semana, a coluna Pitadas traz receitas, curiosidades e segredos da culinária europeia, contados por Luisa Frey, jornalista aspirante a mestre-cuca.
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