Trump amplia sanções à Coreia do Norte
Presidente americano assina nova ordem executiva que mira bancos estrangeiros, indivíduos e empresas que facilitem o comércio com o país asiático. Em almoço com Trump, líderes sul-coreano e japonês apoiam medida.O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou nesta quinta-feira (21/09) que assinou uma ordem executiva ampliando as sanções contra a Coreia do Norte. Elas envolvem punições a bancos estrangeiros, indivíduos e empresas que facilitem o comércio com o país asiático.A medida "cortará as fontes de receita que financiam os esforços norte-coreanos de desenvolver as armas mais mortíferas que a humanidade conhece", afirmou o líder americano em Nova York, onde participa da 72ª Assembleia Geral das Nações Unidas.Segundo Trump, com as novas sanções, o regime de Kim Jong-un "já não poderá contar com que outros facilitem suas atividades comerciais e bancárias"."Os bancos estrangeiros enfrentarão uma ameaça clara: ou fazem negócios com os EUA ou facilitam o comércio com o regime sem leis da Coreia do Norte", acrescentou o presidente, em almoço com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe.A ordem executiva também permitirá que Washington vise mais facilmente as indústrias, incluindo têxteis, de pesca, tecnologia e produção, que fazem negócios com o regime norte-coreano."Convidamos todas as nações responsáveis a implementarem as sanções das Nações Unidas e imporem suas próprias medidas, como a nossa", pediu Trump. "O que buscamos é a desnuclearização completa da Coreia do Norte."Ao anunciar as sanções, o líder americano observou que a medida vem depois de o banco central da China ter ordenado aos bancos chineses que parem imediatamente de fazer negócios com Pyongyang. Pequim, no entanto, ainda não confirmou oficialmente esse fato.Trump esteve reunido com Moon e Abe para discutir a ameaça apresentada pela Coreia do Norte. O premiê japonês lembrou os dois lançamentos de mísseis realizados pelo regime norte-coreano nas últimas semanas e que chegaram a sobrevoar o território do Japão, descrevendo os atos como "intoleráveis" e exaltando Trump por reunir os aliados para a conversa."Estamos caminhando para uma nova etapa da pressão" contra a Coreia do Norte, afirmou Abe, demonstrando apoio às sanções anunciadas pelos EUA nesta quinta-feira.Moon, por sua vez, também condenou Pyongyang pelas mais recentes provocações. "São extremamente deploráveis e têm irritando a mim e a meu povo, mas os Estados Unidos têm respondido firmemente e da maneira certa", declarou o presidente sul-coreano.O anúncio de Trump, um novo episódio na escalada de tensões entre Washington e Pyongyang, ocorre dois dias depois de seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, em que ele ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte caso seja necessário.Nesta quinta-feira, em sua primeira manifestação sobre o discurso, o governo norte-coreano chamou as ameaças de "latido". "Se eles [os americanos] estão tentando nos chocar com o som de um cão latindo, eles estão claramente tendo um sonho de cachorro", afirmou o ministro do Exterior do país, Ri Yong Ho. "Há um ditado que diz: 'mesmo quando os cães latem, o desfile continua'."EK/rtr/ap/afp/dpa/efe
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