Uber ocultou ciberataque que roubou dados de milhões de usuários
Em 2016, hackers obtiveram informações pessoais de 57 milhões de clientes e motoristas do serviço de transporte. Mais de um ano depois, empresa admite incidente e diz que pagou US$ 100 mil para que dados fossem apagados.A empresa de transportes Uber admitiu nesta terça-feira (21/11) que um ataque cibernético roubou, no ano passado, informações pessoais de 57 milhões de usuários e motoristas do aplicativo. Na época, a companhia chegou a pagar 100 mil dólares aos hackers para que os dados fossem apagados.
A notícia, mantida em segredo por mais de um ano, foi revelada pela agência de notícias Bloomberg e confirmada pelo Uber em um comunicado assinado por seu CEO, Dara Khosrowshahi.
Segundo a empresa, o diretor de segurança da companhia, Joe Sullivan, e um de seus assessores foram demitidos nesta semana por terem atuado para ocultar o ciberataque.
O Uber informou que o roubo de dados ocorreu em outubro de 2016. Dois hackers, que não tiveram suas identidades reveladas, conseguiram acessar a base de dados da companhia e baixaram informações de 50 milhões de usuários e 7 milhões de motoristas afiliados ao serviço.
Entre os dados roubados estavam nomes, endereços e números de telefone. Além disso, também foram obtidos nomes e números de carteira de motorista de cerca de 600 mil funcionários da plataforma alocados nos Estados Unidos.
Segundo o Uber, dados de cartões de crédito e rotas de viagem não foram hackeados. A empresa ainda disse acreditar que as informações não foram usadas pelos hackers, que receberam um pagamento de 100 mil dólares para que os dados fossem mantidos em segredo.
Na época do incidente, o Uber estava negociando com agências reguladoras dos EUA a investigação de algumas reclamações isoladas de violação de privacidade. Agora, a companhia admitiu que tinha a obrigação legal de informar sobre o ciberataque aos investigadores, bem como avisar aos motoristas que o número de suas licenças haviam sido hackeadas.
Khosrowshahi, que assumiu o cargo de diretor-executivo do Uber em setembro, após a renúncia de Travis Kalanick, afirmou em nota que só teve conhecimento do incidente recentemente.
"Talvez vocês estejam se perguntando por que estamos falando disso somente agora, um ano depois. Eu me fiz a mesma pergunta. Portanto, imediatamente pedi uma investigação exaustiva sobre o que ocorreu e como isso foi gerido", declarou o CEO no comunicado.
Segundo Khosrowshahi, "nada disso deveria ter ocorrido, e não há desculpas". "Apesar de não poder apagar o passado, me comprometo em nome de cada funcionário que aprenderemos com nossos erros. Estamos mudando a maneira como fazemos negócio, colocando integridade no centro de cada decisão e trabalhando duro para ganhar a confiança de nossos clientes", concluiu.
EK/afp/ap/efe/rtr/ots
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
A notícia, mantida em segredo por mais de um ano, foi revelada pela agência de notícias Bloomberg e confirmada pelo Uber em um comunicado assinado por seu CEO, Dara Khosrowshahi.
Segundo a empresa, o diretor de segurança da companhia, Joe Sullivan, e um de seus assessores foram demitidos nesta semana por terem atuado para ocultar o ciberataque.
O Uber informou que o roubo de dados ocorreu em outubro de 2016. Dois hackers, que não tiveram suas identidades reveladas, conseguiram acessar a base de dados da companhia e baixaram informações de 50 milhões de usuários e 7 milhões de motoristas afiliados ao serviço.
Entre os dados roubados estavam nomes, endereços e números de telefone. Além disso, também foram obtidos nomes e números de carteira de motorista de cerca de 600 mil funcionários da plataforma alocados nos Estados Unidos.
Segundo o Uber, dados de cartões de crédito e rotas de viagem não foram hackeados. A empresa ainda disse acreditar que as informações não foram usadas pelos hackers, que receberam um pagamento de 100 mil dólares para que os dados fossem mantidos em segredo.
Na época do incidente, o Uber estava negociando com agências reguladoras dos EUA a investigação de algumas reclamações isoladas de violação de privacidade. Agora, a companhia admitiu que tinha a obrigação legal de informar sobre o ciberataque aos investigadores, bem como avisar aos motoristas que o número de suas licenças haviam sido hackeadas.
Khosrowshahi, que assumiu o cargo de diretor-executivo do Uber em setembro, após a renúncia de Travis Kalanick, afirmou em nota que só teve conhecimento do incidente recentemente.
"Talvez vocês estejam se perguntando por que estamos falando disso somente agora, um ano depois. Eu me fiz a mesma pergunta. Portanto, imediatamente pedi uma investigação exaustiva sobre o que ocorreu e como isso foi gerido", declarou o CEO no comunicado.
Segundo Khosrowshahi, "nada disso deveria ter ocorrido, e não há desculpas". "Apesar de não poder apagar o passado, me comprometo em nome de cada funcionário que aprenderemos com nossos erros. Estamos mudando a maneira como fazemos negócio, colocando integridade no centro de cada decisão e trabalhando duro para ganhar a confiança de nossos clientes", concluiu.
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