Turquia prende dezenas por "propaganda terrorista"
Autoridades detêm quase uma centenas de críticos de campanha militar turca contra milícias curdas na Síria. Erdogan pede unidade em meio à ofensiva e afirma que quem participar de protestos pagará "alto preço".Forças de segurança turcas prenderam quase uma centena de pessoas nesta terça-feira (23/01), em diversas partes do país, sob acusação de disseminar propaganda terrorista nas redes sociais em postagens críticas à ofensiva militar do país contra milícias curdas na região de Afrin, na Síria.
Leia também: Aliados da Otan em lados opostos na Síria
Foram detidas 91 pessoas em 13 províncias, incluindo políticos da legenda opositora pró-curda Partido Democrático do Povo (HDP). Um porta-voz do HDP disse que as prisões ocorreram nas sedes do partido na província de Siit, em Ancara e em Esmirna, no oeste do país. Um mandado de prisão foi emitido contra o vice-presidente do HDP, Nadir Yildirim, alvo de investigações após criticar a ofensiva militar em Afrin.
O jornal turco Cumhuriyet denunciou a prisão de ao menos cinco jornalistas desde a segunda-feira na capital Ancara e nas províncias de Diyarbakir e Van, por criticarem a operação militar nas redes sociais.
Ancara realiza uma campanha militar contra posições da milícia curdo-síria Unidades de Proteção do Povo (YPG) no enclave curdo na região de Afrin, no noroeste da Síria. O YPG é acusado de associação com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), banido pelo governo turco por ser considerado uma organização terrorista.
Emma Sinclair-Webb, especialista em Turquia da organização Human Rights Watch, denunciou a prisão da ativista curda Nurcan Baysal, afirmado que o governo silencia "aqueles que levantam sua voz contra a guerra". Ela acusa o governo turco de violar o direito internacional.
Ancara reforçou suas medidas repressivas após a fracassada tentativa de golpe de Estado na Turquia em julho de 2016. Desde então, mais de 50 mil pessoas foram presas, e 150 mil, demitidas ou afastadas de seus trabalhos. O governo justifica as medidas alegando ameaças à segurança interna.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu unidade do país em meio à operação em Afrin e alertou que aqueles que responderem às convocações de protestos pagariam um "alto preço". Na segunda-feira, as autoridades em Ancara proibiram manifestações, protestos e concertos na cidade enquanto durar a ofensiva.
RC/rtr/afp/dpa
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Foram detidas 91 pessoas em 13 províncias, incluindo políticos da legenda opositora pró-curda Partido Democrático do Povo (HDP). Um porta-voz do HDP disse que as prisões ocorreram nas sedes do partido na província de Siit, em Ancara e em Esmirna, no oeste do país. Um mandado de prisão foi emitido contra o vice-presidente do HDP, Nadir Yildirim, alvo de investigações após criticar a ofensiva militar em Afrin.
O jornal turco Cumhuriyet denunciou a prisão de ao menos cinco jornalistas desde a segunda-feira na capital Ancara e nas províncias de Diyarbakir e Van, por criticarem a operação militar nas redes sociais.
Ancara realiza uma campanha militar contra posições da milícia curdo-síria Unidades de Proteção do Povo (YPG) no enclave curdo na região de Afrin, no noroeste da Síria. O YPG é acusado de associação com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), banido pelo governo turco por ser considerado uma organização terrorista.
Emma Sinclair-Webb, especialista em Turquia da organização Human Rights Watch, denunciou a prisão da ativista curda Nurcan Baysal, afirmado que o governo silencia "aqueles que levantam sua voz contra a guerra". Ela acusa o governo turco de violar o direito internacional.
Ancara reforçou suas medidas repressivas após a fracassada tentativa de golpe de Estado na Turquia em julho de 2016. Desde então, mais de 50 mil pessoas foram presas, e 150 mil, demitidas ou afastadas de seus trabalhos. O governo justifica as medidas alegando ameaças à segurança interna.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu unidade do país em meio à operação em Afrin e alertou que aqueles que responderem às convocações de protestos pagariam um "alto preço". Na segunda-feira, as autoridades em Ancara proibiram manifestações, protestos e concertos na cidade enquanto durar a ofensiva.
RC/rtr/afp/dpa
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