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Trump propõe legalizar 1,8 milhão de "dreamers"

25/01/2018 23h01

Em troca, presidente americano pede ao Congresso liberação de 25 bilhões de dólares para reforçar segurança fronteiriça. Parte do dinheiro será investido na construção do muro na fronteira com o México.O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs nesta quinta-feira (25/01) ao Congresso uma reforma migratória que legalizaria a situação de 1,8 milhão de jovens imigrantes ilegais que foram levados aos EUA quando crianças. Em troca, republicano pediu a liberação de 25 bilhões de dólares para reforçar a segurança nas fronteiras do país.

A proposta representa um revés para Trump, que chegou a prometer a eliminação do programa criado durante a presidência do seu antecessor, Barack Obama, que visava proteger os imigrantes ilegais que entraram no país crianças e que permaneceram em situação irregular.

Segundo fontes, o número apresentado inclui os imigrantes protegidos pelo Programa de Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca), que acaba em março por ordem Trump, e também jovens que chegaram aos EUA quando crianças mas não puderam aderir ao programa por diferentes razões. Atualmente, o Daca beneficia cerca de 700 mil jovens.

Para ser beneficiado pelo Daca, esses jovens, conhecidos como "sonhadores", tinham que provar que chegaram aos EUA antes dos 16 anos e que tinham menos de 31 anos em 2012, quando o programa foi criado.

Devido às restrições etárias, milhares de jovens não puderam se cadastrar, apesar de cumprirem outros requisitos do programa: não ter antecedentes penais e ter cursado ou estar matriculado no ensino médio ou na universidade.

Em troca da legalização, Trump, porém, pede a liberação de 25 bilhões de dólares que serão investidos na construção do muro na fronteira com o México e no reforço da segurança na fronteira do país com o Canadá.

Na quarta-feira, Trump disse estar disposto a conceder cidadania para parte dos "sonhadores", um assunto que desperta conflitos entre os republicanos. Alguns membros do partido consideram o gesto como uma "anistia" aos imigrantes.

Agora o Congresso deverá estudar as propostas do presidente e inclui-las em uma lei migratória. A sugestão deve encontrar resistência, principalmente, entre os republicanos. A Casa Branca espera que a decisão seja tomada em fevereiro.

CN/rtr/efe/lusa

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