Pesquisa põe AfD como segunda força política na Alemanha
Partido populista de direita supera o SPD pela primeira vez em sondagem nacional. Resultado surge em momento delicado para os social-democratas, que iniciam votação, entre seus filiados, do acordo de coalizão com Merkel.O partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) superou o Partido Social-Democrata (SPD), o mais antigo do país, pela primeira vez em uma pesquisa de opinião nacional, despontando como a segunda força política da Alemanha, atrás da legenda da chanceler federal Angela Merkel.
Leia também: Os partidos alemães e a constituição do Bundestag
A sondagem, feita pelo instituto Insa e divulgada nesta segunda-feira (19/02) pelo jornal Bild, apontou que, se eleições gerais fossem realizadas no país no próximo domingo, a AfD receberia 16% dos votos. Nas eleições em setembro do ano passado, o apoio para os populistas foi de 12,6%.
O SPD, por sua vez, levaria 15,5% dos votos, o que corresponde ao nível mais baixo de apoio para o partido desde 2012, quando a sondagem começou a ser realizada. Em setembro, o SPD ficou em segundo lugar no pleito, com 20,5% dos votos, seu pior resultado da história em eleições federais.
Já o bloco conservador liderado por Merkel – a União Democrata Cristã (CDU) e seu aliado bávaro, União Social Cristã (CSU) – alcançaria um apoio de 32% se novas eleições fossem realizadas agora, um índice abaixo do conquistado em setembro, que fora de 33%.
Atrás dessas legendas, mas ainda conseguindo assentos no Parlamento, surgem o Partido Verde, com 13% dos votos, A Esquerda, com 11%, e o Partido Liberal Democrático (FDP), com 9%.
Ao publicar a pesquisa, o jornal Bild descreveu o resultado como "um golpe amargo para o SPD". Para o diretor do Insa, Hermann Binkert, por sua vez, a sondagem mostrou que "o bloco conservador é atualmente o único partido verdadeiramente popular" na Alemanha.
Popularidade do SPD em queda
Desde que o SPD voltou atrás em sua promessa de ir para a oposição – divulgada após o fracasso nas eleições de setembro – e anunciou sua intenção de explorar conversas com os partidos conservadores CDU e CSU, a legenda viu cair seu apoio entre os alemães.
A queda na popularidade, no entanto, ocorre num momento decisivo para os social-democratas, que tentam selar o acordo de coalizão com o partido de Merkel e sua aliada bávara. O pacto, fechado há duas semanas, ainda depende do aval dos cerca de 460 mil membros do SPD.
A votação entre os filiados, que ocorre pelo correio, teve início nesta terça-feira (20/02). Até o dia 2 de março, eles devem dizer se aprovam ou não a reedição da chamada "grande coalizão" com os conservadores. O resultado deve ser divulgado no fim de semana seguinte.
Um fracasso na formação da coalizão poderia forçar os alemães a voltarem às urnas – algo que nunca aconteceu – e decretar o fim da era Merkel, no poder há 12 anos. Outra saída para CDU/CSU seria formar um governo de minoria, algo que a chanceler federal já declarou ser improvável.
EK/dpa/afp/rtr
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
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A sondagem, feita pelo instituto Insa e divulgada nesta segunda-feira (19/02) pelo jornal Bild, apontou que, se eleições gerais fossem realizadas no país no próximo domingo, a AfD receberia 16% dos votos. Nas eleições em setembro do ano passado, o apoio para os populistas foi de 12,6%.
O SPD, por sua vez, levaria 15,5% dos votos, o que corresponde ao nível mais baixo de apoio para o partido desde 2012, quando a sondagem começou a ser realizada. Em setembro, o SPD ficou em segundo lugar no pleito, com 20,5% dos votos, seu pior resultado da história em eleições federais.
Já o bloco conservador liderado por Merkel – a União Democrata Cristã (CDU) e seu aliado bávaro, União Social Cristã (CSU) – alcançaria um apoio de 32% se novas eleições fossem realizadas agora, um índice abaixo do conquistado em setembro, que fora de 33%.
Atrás dessas legendas, mas ainda conseguindo assentos no Parlamento, surgem o Partido Verde, com 13% dos votos, A Esquerda, com 11%, e o Partido Liberal Democrático (FDP), com 9%.
Ao publicar a pesquisa, o jornal Bild descreveu o resultado como "um golpe amargo para o SPD". Para o diretor do Insa, Hermann Binkert, por sua vez, a sondagem mostrou que "o bloco conservador é atualmente o único partido verdadeiramente popular" na Alemanha.
Popularidade do SPD em queda
Desde que o SPD voltou atrás em sua promessa de ir para a oposição – divulgada após o fracasso nas eleições de setembro – e anunciou sua intenção de explorar conversas com os partidos conservadores CDU e CSU, a legenda viu cair seu apoio entre os alemães.
A queda na popularidade, no entanto, ocorre num momento decisivo para os social-democratas, que tentam selar o acordo de coalizão com o partido de Merkel e sua aliada bávara. O pacto, fechado há duas semanas, ainda depende do aval dos cerca de 460 mil membros do SPD.
A votação entre os filiados, que ocorre pelo correio, teve início nesta terça-feira (20/02). Até o dia 2 de março, eles devem dizer se aprovam ou não a reedição da chamada "grande coalizão" com os conservadores. O resultado deve ser divulgado no fim de semana seguinte.
Um fracasso na formação da coalizão poderia forçar os alemães a voltarem às urnas – algo que nunca aconteceu – e decretar o fim da era Merkel, no poder há 12 anos. Outra saída para CDU/CSU seria formar um governo de minoria, algo que a chanceler federal já declarou ser improvável.
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