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Aliança opositora não participará de eleições na Venezuela

21/02/2018 18h10

Mesa da Unidade Democrática afirma, porém, que pode participar do pleito se governo oferecer garantias para processo livre. Opositores pedem habilitação de candidaturas impugnadas e adiamento da data.A aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) anunciou nesta quarta-feira (21/02) que não participará das eleições presidenciais de 22 de abril na Venezuela se não houver garantias do governo para a realização de um pleito livre e democrático.

"Não contem com a Mesa da Unidade Democrática nem com o povo para aprovar o que, até agora, é apenas um simulacro fraudulento e ilegítimo de eleição presidencial", anunciou o coordenador político da MUD, Ángel Oropeza.

Para participar das eleições, a MUD pediu que o governo aceite as propostas que foram apresentadas, no início de fevereiro, durante o diálogo sobre a crise política do país que estava sendo realizada na República Dominicana.

Oropeza assegurou que a decisão do boicote foi tomada "em consenso" e por parte de "todos" os partidos que integram a aliança antichavista. A MUD também desafiou o presidente Nicolás Maduro a participar de eleições com candidatos reais.

Dois dos quatro principais integrantes da coalizão opositora, Primeiro Justiça (PJ) e Vontade Popular (VP), já haviam anunciado que não participariam das eleições presidenciais devido à falta de garantias para um processo democrático.

No início de fevereiro, o governo e a oposição não conseguir chegar a um acordo sobre as próximas eleições, que poderiam pôr um fim à crise do país.

Os opositores pedem que seja habilitada a candidatura de todos os líderes opositores que foram proibidos de participar do pleito, entre eles Henrique Capriles e Leopoldo Lopéz, os dois maiores rivais de Maduro. Eles também solicitavam que as eleições sejam realizadas na segunda metade do ano. O governo, porém, se recusa a aceitar essas condições.

A aliança exige ainda que o pleito seja monitorado por observadores internacionais independentes.

Com o boicote da oposição, há apenas um candidato confirmado além de Maduro, o pastor evangélico Javier Bertucci, que não possui uma legenda que apoie sua candidatura.

CN/efe/afp/rtr

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