Trump ameaça Coreia do Norte com "fase dois"
Presidente americano diz que pode lançar nova etapa de retaliações, que seria "muitos infeliz para o mundo". Mídia sul-coreana lança rumores sobre possível encontro entre representantes de Washington e Pyongyang.O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que se as sanções aplicadas à Coreia do Norte "não funcionarem", passará "à fase dois", que "pode ser muito dura". Neste sábado (24/02) a mídia sul-coreana noticiou sobre um possível encontro bilateral entre representantes de EUA e da Coreia do Norte.
A ameaça do presidente dos EUA foi feita nesta sexta-feira durante uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, após uma reunião que os dois tiveram na Casa Branca.
Trump disse ainda que essa suposta nova etapa de retaliações seria "muito, muito infeliz, para o mundo". Mas insinuou um tom mais conciliador em seguida. "Não acho que vou usar exatamente essa carta. Mas vamos ver", acrescentou. "Espero que as sanções funcionem."
O governo americano deu na sexta-feira mais um passo na pressão e no isolamento da Coreia do Norte, ao anunciar o que chamou de "maior pacote de sanções de todos os tempos" contra Pyongyang, centradas em 27 companhias de navegação e 28 navios que negociam com o regime norte-coreano.
Não ficou claro se a declaração de Trump seria apenas uma bravata ou teria um fundo concreto. Em Washington, vem crescendo há algum tempo a ideia de que realização de um reduzido ataque militar contra a Coreia do Norte poderia ajudar a solucionar a crise com o país asiático, enquanto críticos alertam que o conflito não pode ser resolvido por meio militar e que qualquer ação bélica pode causar dezenas de milhares de mortos.
As visitas das delegações da Coreia do Norte e dos EUA no encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno na Coreia do Sul desencadearam rumores de um possível primeiro contato entre os dois lados. A mídia sul-coreana noticiou sobre preparativos para uma possível reunião do general norte-coreano Kim Yong Chol, com a representante do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Allison Hooker, que é responsável no órgão pela Coreia do Norte. Ambos se conheceram pessoalmente durante uma visita de Hooker a Pyongyang em 2014.
Hooker viajou a Seul como integrante da delegação de Ivanka Trump, filha do presidente dos EUA, embora seu nome não conste do anúncio da viagem. Hooker também participou do jantar oferecido em Seul na sexta-feira pelo presidente sul-coreano, Moon Jae-in, a Ivanka Trump, que estará representando seu pai na cerimônia de encerramento dos Jogos de Inverno de Pyeongchang, realizadas no domingo. O general Kim Yong Chol também confirmou presença no encerramento dos Jogos. Entretanto, um encontro entre Ivanka e o militar norte-coreano foi descartado.
A composição da delegação do general também despertou esperanças de uma possível disponibilidade para o diálogo por parte do líder norte-coreano Kim Jong-un. Causou surpresa o fato de também integrarem a delegação diplomatas que são responsáveis pelas relações com os EUA e pelo conflito nuclear, segundo informações da agência de notícias Yonhap.
O presidente sul-coreano espera que as conversas entre as Coreias também levem a um diálogo entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos. A delegação de Pyongyang está em Seul por três dias. Duas semanas após a histórica visita de Kim Yo-jong, influente irmã do ditador norte-coreano, à abertura dos Jogos de Inverno, está prevista uma segunda rodada de negociações entre Seul e Pyongyang.
MD/dpa/rtr/afp
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A ameaça do presidente dos EUA foi feita nesta sexta-feira durante uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, após uma reunião que os dois tiveram na Casa Branca.
Trump disse ainda que essa suposta nova etapa de retaliações seria "muito, muito infeliz, para o mundo". Mas insinuou um tom mais conciliador em seguida. "Não acho que vou usar exatamente essa carta. Mas vamos ver", acrescentou. "Espero que as sanções funcionem."
O governo americano deu na sexta-feira mais um passo na pressão e no isolamento da Coreia do Norte, ao anunciar o que chamou de "maior pacote de sanções de todos os tempos" contra Pyongyang, centradas em 27 companhias de navegação e 28 navios que negociam com o regime norte-coreano.
Não ficou claro se a declaração de Trump seria apenas uma bravata ou teria um fundo concreto. Em Washington, vem crescendo há algum tempo a ideia de que realização de um reduzido ataque militar contra a Coreia do Norte poderia ajudar a solucionar a crise com o país asiático, enquanto críticos alertam que o conflito não pode ser resolvido por meio militar e que qualquer ação bélica pode causar dezenas de milhares de mortos.
As visitas das delegações da Coreia do Norte e dos EUA no encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno na Coreia do Sul desencadearam rumores de um possível primeiro contato entre os dois lados. A mídia sul-coreana noticiou sobre preparativos para uma possível reunião do general norte-coreano Kim Yong Chol, com a representante do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Allison Hooker, que é responsável no órgão pela Coreia do Norte. Ambos se conheceram pessoalmente durante uma visita de Hooker a Pyongyang em 2014.
Hooker viajou a Seul como integrante da delegação de Ivanka Trump, filha do presidente dos EUA, embora seu nome não conste do anúncio da viagem. Hooker também participou do jantar oferecido em Seul na sexta-feira pelo presidente sul-coreano, Moon Jae-in, a Ivanka Trump, que estará representando seu pai na cerimônia de encerramento dos Jogos de Inverno de Pyeongchang, realizadas no domingo. O general Kim Yong Chol também confirmou presença no encerramento dos Jogos. Entretanto, um encontro entre Ivanka e o militar norte-coreano foi descartado.
A composição da delegação do general também despertou esperanças de uma possível disponibilidade para o diálogo por parte do líder norte-coreano Kim Jong-un. Causou surpresa o fato de também integrarem a delegação diplomatas que são responsáveis pelas relações com os EUA e pelo conflito nuclear, segundo informações da agência de notícias Yonhap.
O presidente sul-coreano espera que as conversas entre as Coreias também levem a um diálogo entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos. A delegação de Pyongyang está em Seul por três dias. Duas semanas após a histórica visita de Kim Yo-jong, influente irmã do ditador norte-coreano, à abertura dos Jogos de Inverno, está prevista uma segunda rodada de negociações entre Seul e Pyongyang.
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