Malala retorna à cidade natal seis anos após sofrer atentado
Ativista que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 2014 pela sua atuação em defesa da educação para meninas fez uma breve visita em meio a um forte esquema de segurança. A ativista Malala Yousafzai retornou neste sábado (31/03) à sua cidade natal pela primeira vez desde 2012, quando foi baleada na cabeça por um terrorista do grupo fundamentalista Talibã por defender educação para meninas. À época ela tinha 15 anos. Após sobreviver ao ataque, ela passou a morar no Reino Unido.
Yousafzai e sua família chegaram à cidade de Mingora, no norte do Paquistão, em um helicóptero fornecido pelo Exército paquistanês, em meio a um forte esquema de segurança. A ativista chegou ao Paquistão na quinta-feira (29/03) e inicialmente sua agenda não foi divulgada por questões de segurança. A imprensa internacional também especulou se ela iria mesmo se arriscar a visitar sua cidade natal.
Após chegada em Mingora, Malala foi levada para uma escola local, onde se reuniu com estudantes. Antes disso, ela visitou a casa da sua família acompanhada do pai, da mãe e de um irmão.
Apesar de sua atuação como ativista e de ter sido a laureada mais jovem da história do Prêmio Nobel, Malala, hoje com 20 anos, desperta sentimentos mistos no Paquistão. Ela é frequentemente atacada por conservadores religiosos do país, que veem sua atuação na educação de meninas como promoção de valores ocidentais no Paquistão.
Na quinta-feira, ao retornar pela primeira vez ao Paquistão depois do atentado contra sua vida, Malala disse estar emocionada.
"Pelos últimos cinco anos, eu sonhei em colocar os pés em meu país. Este é o dia mais feliz da minha vida. Ainda não consigo acreditar que está acontecendo", disse.
Ativista pela educação das mulheres
Malala começou a atuar na defesa da educação para meninas com apenas 11 anos. Na época, escrevia um blog para a emissora britânica BBC com o pseudônimo de Gul Makai, no qual contava como era sua vida e de suas amigas sob as atrocidades do regime do Talibã.
Em 9 de outubro de 2012 foi vítima de um atentado em Mingora, no noroeste do país, quando dois membros do Talibã se aproximaram ao veículo escolar onde Malala se encontrava e atiraram nela com um fuzil, atingindo a jovem no crânio e pescoço.
Ela foi levada ao Reino Unido para cirurgia e permaneceu for a do país desde então, escrevendo o livro best-seller "Eu sou Malala" em parceria e dando início a uma fundação pela promoção global de educação para garotas.
Em 2014, Malala ganhou o Nobel da Paz, tornando-se a mais jovem vencedora do prêmio, com 17 anos. O Nobel, compartilhado com o indiano Kailash Satyarthi, foi concedido em reconhecimento à luta da paquistanesa pelo direito à educação das crianças.
Durante uma conferência no Fórum Econômico Mundial 2018, em Davos, na Suíça, a jovem lembrou que mais de 130 milhões de jovens e crianças do sexo feminino são privadas da educação e não podem frequentar a escola.
JPS/ap/rt
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
Yousafzai e sua família chegaram à cidade de Mingora, no norte do Paquistão, em um helicóptero fornecido pelo Exército paquistanês, em meio a um forte esquema de segurança. A ativista chegou ao Paquistão na quinta-feira (29/03) e inicialmente sua agenda não foi divulgada por questões de segurança. A imprensa internacional também especulou se ela iria mesmo se arriscar a visitar sua cidade natal.
Após chegada em Mingora, Malala foi levada para uma escola local, onde se reuniu com estudantes. Antes disso, ela visitou a casa da sua família acompanhada do pai, da mãe e de um irmão.
Apesar de sua atuação como ativista e de ter sido a laureada mais jovem da história do Prêmio Nobel, Malala, hoje com 20 anos, desperta sentimentos mistos no Paquistão. Ela é frequentemente atacada por conservadores religiosos do país, que veem sua atuação na educação de meninas como promoção de valores ocidentais no Paquistão.
Na quinta-feira, ao retornar pela primeira vez ao Paquistão depois do atentado contra sua vida, Malala disse estar emocionada.
"Pelos últimos cinco anos, eu sonhei em colocar os pés em meu país. Este é o dia mais feliz da minha vida. Ainda não consigo acreditar que está acontecendo", disse.
Ativista pela educação das mulheres
Malala começou a atuar na defesa da educação para meninas com apenas 11 anos. Na época, escrevia um blog para a emissora britânica BBC com o pseudônimo de Gul Makai, no qual contava como era sua vida e de suas amigas sob as atrocidades do regime do Talibã.
Em 9 de outubro de 2012 foi vítima de um atentado em Mingora, no noroeste do país, quando dois membros do Talibã se aproximaram ao veículo escolar onde Malala se encontrava e atiraram nela com um fuzil, atingindo a jovem no crânio e pescoço.
Ela foi levada ao Reino Unido para cirurgia e permaneceu for a do país desde então, escrevendo o livro best-seller "Eu sou Malala" em parceria e dando início a uma fundação pela promoção global de educação para garotas.
Em 2014, Malala ganhou o Nobel da Paz, tornando-se a mais jovem vencedora do prêmio, com 17 anos. O Nobel, compartilhado com o indiano Kailash Satyarthi, foi concedido em reconhecimento à luta da paquistanesa pelo direito à educação das crianças.
Durante uma conferência no Fórum Econômico Mundial 2018, em Davos, na Suíça, a jovem lembrou que mais de 130 milhões de jovens e crianças do sexo feminino são privadas da educação e não podem frequentar a escola.
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