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1995: Atentado a bomba em Oklahoma

Thomas Spang (rw)

19/04/2018 04h20

No dia 19 de abril de 1995, 168 pessoas, das quais 15 crianças, morreram na explosão de uma bomba colocada por radicais de direita.A foto do bombeiro Chris Fields, de 31 anos, com um bebê morto nos braços, vítima da explosão, rodou o mundo. Ao final, havia ruínas por todos os lados. A detonação de um caminhão cheio de explosivos chegou a ser sentida a 50 quilômetros de distância.

A caçada dos terroristas começou enquanto as equipes de resgate ainda faziam o trabalho de rescaldo. O próprio presidente na época, Bill Clinton, disse em seu pronunciamento: "O atentado a bomba na cidade de Oklahoma foi um atentado contra crianças inocentes e cidadãos indefesos. Este foi um ato de covardia e perversidade, que não será tolerado pelos Estados Unidos."

Para um dos dois terroristas, a fuga não chegou a durar duas horas. Timothey McVeigh, 27 anos, chamou atenção pela placa falsa de seu carro. Pouco tempo depois, também foi preso seu cúmplice, Terry Nichols. O país estava em choque. Como poderiam dois brancos, patriotas e pretensos cristãos praticar um crime que poderia ser atribuído a fundamentalistas islâmicos?

As investigações revelaram que os dois combatentes na guerra do Golfo eram militantes antigoverno e estavam envolvidos com a extrema-direita. Por isso o significado da data. No dia 19 de abril de 1993, a polícia havia invadido uma fazenda ocupada por uma seita de orientação direitista em Waco, no Texas.

Os 60 mortos, na época, ganharam o status de mártires. McVeigh e Nichols pretendiam fazer uma advertência contra uma suposta conspiração de minorias pagãs de Washington e se baseavam num livro de um professor maluco de Física. Em junho de 1997, um júri em Denver proferiu a sentença de morte contra McVeigh. Nichols foi condenado à prisão perpétua.