Macron: não há "plano B" para acordo nuclear com Irã
Na véspera de sua visita aos EUA, presidente francês antecipa temas a abordar com Trump. Em meio às tensões com Moscou, reconhece que Putin é um "presidente forte", mas com uma ideia de democracia que não é a sua.O presidente da França, Emmanuel Macron, apelou neste domingo (22/04) a seu homólogo americano, Donald Trump, para que mantenha o acordo nuclear com Teerã, argumentando que não há um "plano B".
Numa entrevista à emissora Fox News, o francês admitiu que o acordo de 2015, que restringe as ambições nucleares iranianas, como "imperfeito", mas disse não ver opção melhor. Na segunda-feira ele inicia uma visita de Estado a Washington.
Trump prometeu retirar-se do acordo com o Irã até 12 de maio, caso os negociadores dos Estados Unidos e europeus não se empenhem em reparar o que ele chama de "falhas sérias" no documento.
Na entrevista, Macron também contestou as novas tarifas alfandegárias que Trump ameaçou impor a partir de 1º de maio, considerando que não se faz "guerra comercial com aliados". Durante sua visita, além de abordar a questão das tarifas, Macron planeja instar os EUA a permanecerem envolvidos na Síria.
"Eu o respeito. Eu o conheço. Sou lúcido"
Em face ao aumento das tensões entre os países ocidentais e Moscou, Macron alertou que o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, é um "presidente forte", diante do qual "não deveríamos nunca nos mostrar fracos", pois senão "ele se aproveita".
"Ele é forte e inteligente, mas não é ingénuo", continuou, avaliando o seu homólogo russo como "obcecado" com a interferência na democracia dos outros países.
"Ele intervém em todos os lugares, quero dizer, na Europa e nos Estados Unidos, para enfraquecer as nossas democracias, pois acha que isso é bom para seu país", acrescentou, sublinhando: Putin "tem uma ideia de democracia que não é a minha". "Eu o respeito. Eu o conheço. Sou lúcido", concluiu.
O confronto entre o Ocidente e a Rússia atingiu níveis sem precedentes desde o fim da Guerra Fria depois do envenenamento do ex-agente duplo russo Sergei Skripal na Inglaterra, em 4 de março. A crise culminou contra uma ofensiva com mísseis dos EUA, França e Reino Unido contra o regime de Damasco, aliado de Moscou, em resposta a um suposto ataque químico contra civis.
AV/afp,lusa
----------------
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram
Numa entrevista à emissora Fox News, o francês admitiu que o acordo de 2015, que restringe as ambições nucleares iranianas, como "imperfeito", mas disse não ver opção melhor. Na segunda-feira ele inicia uma visita de Estado a Washington.
Trump prometeu retirar-se do acordo com o Irã até 12 de maio, caso os negociadores dos Estados Unidos e europeus não se empenhem em reparar o que ele chama de "falhas sérias" no documento.
Na entrevista, Macron também contestou as novas tarifas alfandegárias que Trump ameaçou impor a partir de 1º de maio, considerando que não se faz "guerra comercial com aliados". Durante sua visita, além de abordar a questão das tarifas, Macron planeja instar os EUA a permanecerem envolvidos na Síria.
"Eu o respeito. Eu o conheço. Sou lúcido"
Em face ao aumento das tensões entre os países ocidentais e Moscou, Macron alertou que o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, é um "presidente forte", diante do qual "não deveríamos nunca nos mostrar fracos", pois senão "ele se aproveita".
"Ele é forte e inteligente, mas não é ingénuo", continuou, avaliando o seu homólogo russo como "obcecado" com a interferência na democracia dos outros países.
"Ele intervém em todos os lugares, quero dizer, na Europa e nos Estados Unidos, para enfraquecer as nossas democracias, pois acha que isso é bom para seu país", acrescentou, sublinhando: Putin "tem uma ideia de democracia que não é a minha". "Eu o respeito. Eu o conheço. Sou lúcido", concluiu.
O confronto entre o Ocidente e a Rússia atingiu níveis sem precedentes desde o fim da Guerra Fria depois do envenenamento do ex-agente duplo russo Sergei Skripal na Inglaterra, em 4 de março. A crise culminou contra uma ofensiva com mísseis dos EUA, França e Reino Unido contra o regime de Damasco, aliado de Moscou, em resposta a um suposto ataque químico contra civis.
AV/afp,lusa
----------------
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.