Kim expressa "vontade inabalável" de se reunir com Trump
Após dias de vai e vem diplomático, líder da Coreia do Norte reafirma em encontro com presidente do Sul estar comprometido com desnuclearização e disposto a participar de cúpula "histórica". Trump confirma preparativos.O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, reafirmou seu compromisso com a desnuclearização "completa" da península coreana e com um planejado encontro com Donald Trump, afirmou o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, neste domingo (27/05).
Em uma reunião surpresa neste sábado, Moon e Kim concordaram que o encontro bilateral entre os líderes americano e norte-coreano, agendado para 12 de junho em Cingapura, deve ser realizado, disse o presidente sul-coreano numa entrevista coletiva em Seul.
O encontro não anunciado entre Moon e Kim foi o mais recente capítulo de uma semana de vai e vem diplomático em relação à cúpula entre Washington e Pyongyang.
Na última quinta-feira, Trump cancelou o encontro devido à "hostilidade" por parte da Coreia do Norte. Mas no dia seguinte, após receber a notícia de que Pyongyang continua aberta a dialogar com Washington, deu sinais de que poderia voltar atrás.
Após meses de ameaças de guerra e troca de insultos envolvendo o programa de armas nucleares da Coreia do Norte, Kim e Trump concordaram neste mês a realizar o que seria o primeiro encontro entre um presidente americano em exercício e um líder norte-coreano.
Um comunicado emitido pela agência estatal norte-coreana KCNA emitido neste domingo afirma que Kim expressou sua "vontade inabalável" de participar do encontro "histórico" com Trump, como planejado.
Em Washington, Trump também sinalizou neste sábado que os preparativos para a cúpula com Kim estão seguindo adiante. "Estamos indo muito bem em relação à cúpula com a coreia do Norte", disse o presidente, apontando que a data de 12 de junho foi mantida.
Diferenças a serem resolvidas
Apesar de ressaltar o compromisso de Kim com a desnuclearização, Moon reconheceu neste domingo que Pyongyang e Washington podem ter expectativas diferentes em relação ao que isso significa. O presidente sul-coreano, que vem mediando as conversas entre EUA e Coreia do Norte, pediu que ambos os lados dialoguem para resolver tais diferenças.
"Apesar de ambos compartilharem da mesma vontade, precisa haver discussões quanto ao roteiro para fazer isso acontecer, e esse processo pode ser difícil", disse Moon, evitando definir o que seria uma "desnuclearização completa".
O governo Trump exige que a Coreia do Norte acabe com seu programa de armas nucleares completamente e de maneira irreversível. Autoridades americanas estão céticas quanto a um abandono completo do arsenal nuclear por Kim, e Moon afirmou que Pyongyang ainda não está convencida de que pode confiar nas garantias de segurança dos EUA.
"Durante a cúpula entre EUA e Coreia do Sul, o presidente Trump enfatizou claramente que podemos ver não apenas o fim das relações hostis, mas também uma cooperação econômica se a Coreia do Norte se desnuclearizar", disse Moon. "Peço que a Coreia do Norte e os EUA confirmem sua determinação compartilhando seus problemas e se comunicando diretamente."
Moon disse que o encontro não anunciado entre as duas Coreias – o segundo entre os países vizinhos em um mês – foi realizado a pedido de Kim. Segundo o sul-coreano, ambos os governos consideraram que um encontro cara a cara seria melhor que um telefonema para tratar da cúpula com os EUA.
A reunião intercoreana ocorreu no vilarejo fronteiriço de Panmunjom, o mesmo local onde Moon e Kim se encontraram em 27 de abril, na primeira cúpula entre os dois países em mais de uma década.
Na ocasião, ambas as Coreias declaram que buscariam a desnuclearização da península e um fim formal para a Guerra da Coreia. O conflito foi interrompido em 1953 com um armistício, e um acordo de paz nunca foi assinado.
Segundo a KCNA, Moon e Kim marcaram neste sábado uma reunião de alto nível para o dia 1º de junho e concordaram em se encontrar com mais frequência.
LPF/rtr/efe/afp
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram
Em uma reunião surpresa neste sábado, Moon e Kim concordaram que o encontro bilateral entre os líderes americano e norte-coreano, agendado para 12 de junho em Cingapura, deve ser realizado, disse o presidente sul-coreano numa entrevista coletiva em Seul.
O encontro não anunciado entre Moon e Kim foi o mais recente capítulo de uma semana de vai e vem diplomático em relação à cúpula entre Washington e Pyongyang.
Na última quinta-feira, Trump cancelou o encontro devido à "hostilidade" por parte da Coreia do Norte. Mas no dia seguinte, após receber a notícia de que Pyongyang continua aberta a dialogar com Washington, deu sinais de que poderia voltar atrás.
Após meses de ameaças de guerra e troca de insultos envolvendo o programa de armas nucleares da Coreia do Norte, Kim e Trump concordaram neste mês a realizar o que seria o primeiro encontro entre um presidente americano em exercício e um líder norte-coreano.
Um comunicado emitido pela agência estatal norte-coreana KCNA emitido neste domingo afirma que Kim expressou sua "vontade inabalável" de participar do encontro "histórico" com Trump, como planejado.
Em Washington, Trump também sinalizou neste sábado que os preparativos para a cúpula com Kim estão seguindo adiante. "Estamos indo muito bem em relação à cúpula com a coreia do Norte", disse o presidente, apontando que a data de 12 de junho foi mantida.
Diferenças a serem resolvidas
Apesar de ressaltar o compromisso de Kim com a desnuclearização, Moon reconheceu neste domingo que Pyongyang e Washington podem ter expectativas diferentes em relação ao que isso significa. O presidente sul-coreano, que vem mediando as conversas entre EUA e Coreia do Norte, pediu que ambos os lados dialoguem para resolver tais diferenças.
"Apesar de ambos compartilharem da mesma vontade, precisa haver discussões quanto ao roteiro para fazer isso acontecer, e esse processo pode ser difícil", disse Moon, evitando definir o que seria uma "desnuclearização completa".
O governo Trump exige que a Coreia do Norte acabe com seu programa de armas nucleares completamente e de maneira irreversível. Autoridades americanas estão céticas quanto a um abandono completo do arsenal nuclear por Kim, e Moon afirmou que Pyongyang ainda não está convencida de que pode confiar nas garantias de segurança dos EUA.
"Durante a cúpula entre EUA e Coreia do Sul, o presidente Trump enfatizou claramente que podemos ver não apenas o fim das relações hostis, mas também uma cooperação econômica se a Coreia do Norte se desnuclearizar", disse Moon. "Peço que a Coreia do Norte e os EUA confirmem sua determinação compartilhando seus problemas e se comunicando diretamente."
Moon disse que o encontro não anunciado entre as duas Coreias – o segundo entre os países vizinhos em um mês – foi realizado a pedido de Kim. Segundo o sul-coreano, ambos os governos consideraram que um encontro cara a cara seria melhor que um telefonema para tratar da cúpula com os EUA.
A reunião intercoreana ocorreu no vilarejo fronteiriço de Panmunjom, o mesmo local onde Moon e Kim se encontraram em 27 de abril, na primeira cúpula entre os dois países em mais de uma década.
Na ocasião, ambas as Coreias declaram que buscariam a desnuclearização da península e um fim formal para a Guerra da Coreia. O conflito foi interrompido em 1953 com um armistício, e um acordo de paz nunca foi assinado.
Segundo a KCNA, Moon e Kim marcaram neste sábado uma reunião de alto nível para o dia 1º de junho e concordaram em se encontrar com mais frequência.
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