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Dono do Chelsea obtém cidadania israelense

28/05/2018 15h59

Visto de Roman Abramovich para o Reino Unido expirou há um mês, e autoridades britânicas ainda não confirmaram renovação. Londres reviu política de autorizações de residência a oligarcas russos após caso Skripal.O bilionário russo Roman Abramovich, dono do clube de futebol inglês Chelsea, tornou-se cidadão israelense e deve se mudar para Tel Aviv, onde comprou uma propriedade, informou a imprensa de Israel nesta segunda-feira (28/05). O visto de Abramovich para o Reino Unido expirou há um mês, e autoridades britânicas ainda não o renovaram.

Abramovich, de 51 anos, é considerado um dos homens mais ricos do Reino Unido desde que comprou o Chelsea, em 2003. Diante da demora da renovação de seu visto, o bilionário, que é judeu, teria entrado com o pedido para se tornar cidadão israelense.

Segundo o site do jornal israelense Yedioth Aharonoth, Abramovich chegou a Tel Aviv nesta segunda-feira para buscar os documentos. A televisão israelense confirmou a concessão da cidadania. Segundo uma porta-voz do Ministério do Interior de Israel, o bilionário entrou com o pedido na embaixada do país em Moscou.

Israel concede a cidadania para qualquer judeu que desejar se mudar para o país, e o passaporte costuma ser emitido logo após o pedido. Cidadãos israelenses podem entrar no Reino Unido sem visto para estadas curtas, mas precisam de um visto para trabalhar no país.

Ainda não se sabe se o pedido de visto do bilionário foi rejeitado pelas autoridades britânicas nem se a demora na renovação está ligada à mudança na política de concessão de vistos. As autoridades britânicas se negaram a comentar o caso.

A ausência do oligarca na final da Copa da Inglaterra, vencida pelo Chelsea no sábado passado, não passou despercebida.

O Reino Unido endureceu a política de concessão de vistos a oligarcas russos após o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal na Inglaterra, em março. O governo britânico acusa Moscou pelo ataque. O Kremlin, no entanto, nega as acusações.

Skripal e sua filha Yulia Skripal foram envenenados no início de março na cidade de Salisbury, no sul de Inglaterra. Em 10 de abril, Yulia deixou o hospital. Já o ex-espião recebeu alta em 18 de maio.

O caso provocou uma crise diplomática, que resultou na expulsão de 150 diplomatas russos de vários países ocidentais, incluindo os Estados Unidos e dois terços dos países membros da União Europeia. Moscou, por sua vez, respondeu na mesma moeda. Ao todo, as ordens de expulsão atingiram mais de 300 funcionários diplomáticos.

CN/rtr/lusa/dpa

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