O Brasil na imprensa alemã (22/08)
Ataques imigrantes venezuelanos acampados em Pacaraima, no norte de Roraima, e proibição de canudinhos de plástico no Rio de Janeiro foram destaque em jornais alemães na semana que passou.Frankfurter Allgemeine Zeitung – A classe inferior do continente, 21/08
No fim de semana passado, houve confrontos entre refugiados venezuelanos e a população brasileira na fronteira entre os dois países. Na localidade fronteiriça de Pacaraima, no estado de Roraima, cidadãos furiosos destruíram barracas habitadas por venezuelanos, queimando os pertences dos refugiados.
Não foi o primeiro ataque xenófobo contra refugiados venezuelanos em Roraima. Nos últimos meses, especialmente a capital estadual, Boa Vista, foi palco de diferentes incursões contra os cidadãos do país vizinho. Em meio à crise econômica e política, cerca de 130 mil venezuelanos deixaram o próprio país pela 'porta dos fundos', em direção ao Brasil.
Pode parecer pouco em comparação com as centenas de milhares que fugiram para a Colômbia. Mas Roraima é um Estado bastante isolado, com apenas 500 mil habitantes. As autoridades locais estão sobrecarregadas e se sentem abandonadas por Brasília.
Na pequena localidade de Pacaraima, a onda de refugiados da Venezuela, que voltou a aumentar drasticamente nos últimos dias, causou situações caóticas. No resto do estado, a raiva da população também cresceu. Os venezuelanos são vistos como concorrência por postos de trabalho na região. Também há menos espaço em escolas públicas e hospitais.
Neues Deutschland – Pão de Açúcar sem canudo de plástico, 18/08
Sorver com prazer a água de um coco verde ou uma caipirinha em Copacabana com um canudinho de plástico: a partir deste sábado (18/08), isso acabou. O governo municipal da metrópole do Rio de Janeiro, que tem 6,5 milhões de habitantes, declarou guerra ao lixo plástico e, como primeira medida, proibiu os canudos não reutilizáveis na cidade.
O Rio de Janeiro é a primeira cidade brasileira que quer combater a poluição dos oceanos por canudos de plástico. Mas a lei que proíbe os canudos, sancionada pelo prefeito Marcelo Crivella – que também nomeou a si próprio bispo da Igreja Universal do Reino de Deus – é apenas tépida e parece servir principalmente para complementar o orçamento municipal, saqueado por corrupção e má gestão. A proibição dos canudinhos de plástico se restringe a bares, quiosques, restaurantes e vendedores de rua. Paradoxalmente, os cariocas continuam podendo comprar canudinhos nos supermercados.
Se o Rio de Janeiro quiser reduzir seriamente o lixo plástico e cumprir realmente a limpeza da Baía de Guanabara, anunciada em 1992, a proibição dos canudinhos é só o começo. Uma proibição definitiva dos sacos plásticos gratuitos nos supermercados da cidade deveria ser o próximo passo.
Na prática, os cariocas vivem com uma obsessão pelo saco plástico há décadas. Apesar de ter sediado duas grandes conferências de meio ambiente da ONU, a Eco 92 e a Rio +20, os carrinhos de supermercado dos cariocas continuam cheias de sacos plásticos. Quase todos os produtos já embalados em plásticos ainda vão parar em uma ou duas sacolinhas nos caixas dos estabelecimentos.
RK/ots
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No fim de semana passado, houve confrontos entre refugiados venezuelanos e a população brasileira na fronteira entre os dois países. Na localidade fronteiriça de Pacaraima, no estado de Roraima, cidadãos furiosos destruíram barracas habitadas por venezuelanos, queimando os pertences dos refugiados.
Não foi o primeiro ataque xenófobo contra refugiados venezuelanos em Roraima. Nos últimos meses, especialmente a capital estadual, Boa Vista, foi palco de diferentes incursões contra os cidadãos do país vizinho. Em meio à crise econômica e política, cerca de 130 mil venezuelanos deixaram o próprio país pela 'porta dos fundos', em direção ao Brasil.
Pode parecer pouco em comparação com as centenas de milhares que fugiram para a Colômbia. Mas Roraima é um Estado bastante isolado, com apenas 500 mil habitantes. As autoridades locais estão sobrecarregadas e se sentem abandonadas por Brasília.
Na pequena localidade de Pacaraima, a onda de refugiados da Venezuela, que voltou a aumentar drasticamente nos últimos dias, causou situações caóticas. No resto do estado, a raiva da população também cresceu. Os venezuelanos são vistos como concorrência por postos de trabalho na região. Também há menos espaço em escolas públicas e hospitais.
Neues Deutschland – Pão de Açúcar sem canudo de plástico, 18/08
Sorver com prazer a água de um coco verde ou uma caipirinha em Copacabana com um canudinho de plástico: a partir deste sábado (18/08), isso acabou. O governo municipal da metrópole do Rio de Janeiro, que tem 6,5 milhões de habitantes, declarou guerra ao lixo plástico e, como primeira medida, proibiu os canudos não reutilizáveis na cidade.
O Rio de Janeiro é a primeira cidade brasileira que quer combater a poluição dos oceanos por canudos de plástico. Mas a lei que proíbe os canudos, sancionada pelo prefeito Marcelo Crivella – que também nomeou a si próprio bispo da Igreja Universal do Reino de Deus – é apenas tépida e parece servir principalmente para complementar o orçamento municipal, saqueado por corrupção e má gestão. A proibição dos canudinhos de plástico se restringe a bares, quiosques, restaurantes e vendedores de rua. Paradoxalmente, os cariocas continuam podendo comprar canudinhos nos supermercados.
Se o Rio de Janeiro quiser reduzir seriamente o lixo plástico e cumprir realmente a limpeza da Baía de Guanabara, anunciada em 1992, a proibição dos canudinhos é só o começo. Uma proibição definitiva dos sacos plásticos gratuitos nos supermercados da cidade deveria ser o próximo passo.
Na prática, os cariocas vivem com uma obsessão pelo saco plástico há décadas. Apesar de ter sediado duas grandes conferências de meio ambiente da ONU, a Eco 92 e a Rio +20, os carrinhos de supermercado dos cariocas continuam cheias de sacos plásticos. Quase todos os produtos já embalados em plásticos ainda vão parar em uma ou duas sacolinhas nos caixas dos estabelecimentos.
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