Mais de 7 mil pessoas marcham rumo aos EUA, diz ONU
Migrantes centro-americanos que chegaram ao sul do México retomam marcha em direção à fronteira com Estados Unidos. Diante de avanço da marcha, Trump anuncia corte na ajuda financeira a Guatemala, Honduras e El Salvador.A ONU afirmou nesta segunda-feira (22/10) que mais de 7 mil cidadãos centro-americanos já se uniram à caravana rumo aos Estados Unidos. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), um grande número de pessoas continua chegando ao México.
"Neste momento, estima-se que a caravana reúna 7.233 pessoas. Muitas delas querem seguir a marcha para o norte", afirmou Farhan Haq Aziz, porta-voz da ONU.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, se reuniu durante o final de semana com vários líderes para debater a situação. Nesta terça-feira ele vai se encontrar com o secretário americano de Estado, Mike Pompeo, em Washington.
"Essa situação precisa ser tratada de acordo com o direito internacional e com respeito pelo direito de os países administrarem suas fronteiras", acrescentou Aziz. O porta-voz disse ainda que o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) enviou uma equipe de emergência para o sul do México para prestar assistência humanitária e legal para os imigrantes que buscam refúgio.
Apesar dos esforços para conter a caravana, no domingo 5 mil migrantes, a maioria hondurenhos, conseguiram chegar à cidade mexicana de Tapachula, a 40 quilômetros da fronteira com a Guatemala. Outras centenas permaneceram na ponte que liga os dois países.
Depois de uma segunda noite no México, milhares de migrantes retomaram a marcha em direção a Huixtla, a cerca de 40 quilômetros de Tapachula. O objetivo deles é chegar à fronteira com os Estados Unidos, o que representa um percurso de 2 mil quilômetros para a região nordeste ou de quase 4 mil quilômetros se eles tomarem a rota do noroeste, que leva à cidade de Tijuana.
O presidente americano, Donald Trump, declarou que nenhum deles receberá autorização para entrar nos EUA.
Cortes em programas de ajuda
Diante da impossibilidade dos países centro-americanos de conter a marcha, Trump anunciou nesta segunda-feira que irá cortar ou reduzir a ajuda externa que Washington fornece a Guatemala, Honduras e El Salvador.
"Guatemala, Honduras e El Salvador não foram capazes de fazer o trabalho de impedir que as pessoas saíssem de seu país e viessem de maneira ilegal aos EUA. Começaremos agora a cortar, ou reduzir substancialmente, a enorme ajuda externa que lhes proporcionamos de forma rotineira", afirmou Trump no Twitter.
Segundo os últimos dados oficiais correspondentes ao ano fiscal de 2018 do USAID, o órgão dos EUA encarregado de distribuir a maior parte da ajuda externa de caráter civil, o governo americano entregou 15 milhões de dólares em assistência estrangeira para Honduras, 52 milhões de dólares à Guatemala e 20 milhões de dólares para El Salvador.
Os programas de ajuda são vistos por autoridades americanas como uma parte essencial dos esforços para estabilizar os países da América Central e conter o fluxo migratório. Desde que assumiu o governo no ano passado, Trump adotou uma política linha dura em relação à imigração ilegal e cortou cerca de 40% dos recursos financeiros repassados para Guatemala, Honduras e El Salvador.
O presidente americano não especificou o montante dos novos cortes. Antes do anúncio, Trump também criticou as autoridades do México pela "incapacidade de deter" a caravana de imigrantes e disse que colocou as Forças Armadas em alerta por se tratar de "uma emergência nacional".
Homens, mulheres e crianças que estão fugindo da violência e pobreza de seus países integram a caravana. O México tenta evitar que a multidão chegue aos Estados Unidos e insiste que todos que estão no país terão que fazer pedido oficial de refúgio, um processo que pode durar semanas. Já a Guatemala fechou fronteiras com o México e Honduras por tempo indeterminado.
CN/rtr/ap/afp/efe
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"Neste momento, estima-se que a caravana reúna 7.233 pessoas. Muitas delas querem seguir a marcha para o norte", afirmou Farhan Haq Aziz, porta-voz da ONU.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, se reuniu durante o final de semana com vários líderes para debater a situação. Nesta terça-feira ele vai se encontrar com o secretário americano de Estado, Mike Pompeo, em Washington.
"Essa situação precisa ser tratada de acordo com o direito internacional e com respeito pelo direito de os países administrarem suas fronteiras", acrescentou Aziz. O porta-voz disse ainda que o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) enviou uma equipe de emergência para o sul do México para prestar assistência humanitária e legal para os imigrantes que buscam refúgio.
Apesar dos esforços para conter a caravana, no domingo 5 mil migrantes, a maioria hondurenhos, conseguiram chegar à cidade mexicana de Tapachula, a 40 quilômetros da fronteira com a Guatemala. Outras centenas permaneceram na ponte que liga os dois países.
Depois de uma segunda noite no México, milhares de migrantes retomaram a marcha em direção a Huixtla, a cerca de 40 quilômetros de Tapachula. O objetivo deles é chegar à fronteira com os Estados Unidos, o que representa um percurso de 2 mil quilômetros para a região nordeste ou de quase 4 mil quilômetros se eles tomarem a rota do noroeste, que leva à cidade de Tijuana.
O presidente americano, Donald Trump, declarou que nenhum deles receberá autorização para entrar nos EUA.
Cortes em programas de ajuda
Diante da impossibilidade dos países centro-americanos de conter a marcha, Trump anunciou nesta segunda-feira que irá cortar ou reduzir a ajuda externa que Washington fornece a Guatemala, Honduras e El Salvador.
"Guatemala, Honduras e El Salvador não foram capazes de fazer o trabalho de impedir que as pessoas saíssem de seu país e viessem de maneira ilegal aos EUA. Começaremos agora a cortar, ou reduzir substancialmente, a enorme ajuda externa que lhes proporcionamos de forma rotineira", afirmou Trump no Twitter.
Segundo os últimos dados oficiais correspondentes ao ano fiscal de 2018 do USAID, o órgão dos EUA encarregado de distribuir a maior parte da ajuda externa de caráter civil, o governo americano entregou 15 milhões de dólares em assistência estrangeira para Honduras, 52 milhões de dólares à Guatemala e 20 milhões de dólares para El Salvador.
Os programas de ajuda são vistos por autoridades americanas como uma parte essencial dos esforços para estabilizar os países da América Central e conter o fluxo migratório. Desde que assumiu o governo no ano passado, Trump adotou uma política linha dura em relação à imigração ilegal e cortou cerca de 40% dos recursos financeiros repassados para Guatemala, Honduras e El Salvador.
O presidente americano não especificou o montante dos novos cortes. Antes do anúncio, Trump também criticou as autoridades do México pela "incapacidade de deter" a caravana de imigrantes e disse que colocou as Forças Armadas em alerta por se tratar de "uma emergência nacional".
Homens, mulheres e crianças que estão fugindo da violência e pobreza de seus países integram a caravana. O México tenta evitar que a multidão chegue aos Estados Unidos e insiste que todos que estão no país terão que fazer pedido oficial de refúgio, um processo que pode durar semanas. Já a Guatemala fechou fronteiras com o México e Honduras por tempo indeterminado.
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